Empresário da rede de lojas Paludo prestigia a Pronegócio

A 50ª edição da Pronegócio que acontece em Brusque até o próximo dia 23, no Pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof, está atraindo novos compradores do Brasil e do exterior, mas um dos objetivos, segundo o presidente da AmpeBr, Ademir José Jorge, é continuar recebendo os compradores de longa data, que são fiéis às rodadas de negócios. Alguns deles colocaram Brusque no roteiro de compras há décadas, quando o comércio ainda funcionava de forma acanhada, na rua Azambuja.
O empresário Davi Paludo, proprietário da rede de lojas Paludo, com cerca de 50 lojas espalhadas pelo Rio Grande do Sul, é um dos participantes da 50ª edição, a dourada, e ele recebeu a reportagem da Rádio Cidade para uma conversa exclusiva sobre sua preferência por Brusque, prestigiando a indústria têxtil local, abastecendo a rede Paludo, onde mais três irmão atuam no segmento, descrevendo uma trajetória de sucesso.
Com um livro que conta a trajetória da família Paludo ele se apresentou falando da empresa familiar que iniciou suas atividades em 1976 em Paraí (RS). Naquela época, o senhor João Paludo juntamente com sua esposa e seus quatro filhos, abriram uma pequena loja de calçados e confecções. Com o passar dos anos e com o crescimento dos filhos, os negócios se expandiram e novas lojas foram abertas diversas cidades do Rio Grande do Sul quando em 1988 foram feitas as divisões dos negócios entre os filhos.
À partir daí, cada qual seguiu seu rumo e as lojas foram se expandido em diversas cidades contando hoje com uma rede, que leva o nome Paludo, de mais de 48 lojas. Em 2001, as lojas deixaram de receber o nome fantasia Lojas Paludo e passaram a se chamar PALUDO Moda e Estilo, em virtude da grande mudança de foco na linha de produtos que a empresa passou nos últimos anos. Estas Lojas comercializam calçados, confecções e artigos de cama, mesa e banho onde são encontradas diversas marcas consagradas mundialmente, muitos deles produzidos e comercializados em Brusque.
Davi Paludo atua em Campo Bom (RS), região do Vale dos Sinos. Seus irmão possuem uma central em Farroupilha, outra em Novo Hamburgo e outro em Casca, todos no território gaúcho. “A família Paludo é um grupo que usa o mesmo guarda-chuva institucional a nível de estratégia de negociação. Hoje nós temos grandes fornecedores, somos parceiros como rede, eu diria que na prática nós formamos uma rede de cooperação na família”, detalhou Davi.
A VINDA PARA BRUSQUE
Ele diz que a princípio eles vinham para comprar nas fábricas em Brusque, muito antes da Pronegócio. Ele diz que visitava Brusque quando a FIP tinha o primeiro empreendimento e que mal sabia que isso posteriormente fosse ter essa expansão verificada hoje. Ele diz se lembrar muito bem da rua Azambuja, que era um centro comercial gigantesco que abriam lojas constantemente, algo impressionante.
“Ali tinha uma senhora, que eu não me lembro nem o nome, nem a marca, e ela vendia para nós porta-jóias e a gente vendeu muito”, diz em tom de brincadeira, para completar: “nós vendíamos muitas calcinhas, sutiãs, cuecas, e todas as vezes que a gente vinha, a gente comprava uma boa quantidade. Então nós estamos aqui desde quando começou esse”boom” da indústria na região”, contou. Segundo Davi Paludo, de lá para cá ele percebeu a evolução toda, essa cidade fantástica que tem uma vida gigantesca a nível industrial e de consumo.
O empresário avaliou as mudanças no perfil das indústrias e afirma que elas se profissionalizaram. “Muitas indústrias pequenas elas nasceram da intenção de alguns empreendedores de fazer um negócio. A partir daí eles se apoiaram em órgãos técnicos como o SEBRAE e até com instituições financeiras, principalmente com instituições técnicas e a partir disso eu acredito, no meu ponto de vista, se a gente pensar na confecção que era feita na época para a confecção de hoje, são parâmetros absolutamente diferentes. Na época não tinha uma profissionalização”.
Ele citou um exemplo e diz que se comprar uma camiseta aqui em Brusque hoje, é muito difícil que o “M” não seja o “M”, “nós compramos calça de um fornecedor que o 38 era o 42, que o 42 era o 36, então a profissionalização e o produto ele teve um incremento fantástico”, avaliou. “O que faz hoje Brusque como um pólo industrial é que você tem uma diversidade muito grande de indústrias que oferecem um produto bom, com preços competitivos”, comentou o empresário Paludo.
A AmpeBr
O empresário gaúcho avaliou que a AmpeBr trouxe uma parceria junto aos lojistas, junto aos parceiros em que em poucos lugares do Brasil se faz um trabalho tão eficiente de porta a porta, de lojista a lojista, mostrando que são muito profissionais, oferecendo ao comprador a liberdade de escolha, com um atendimento de forma amigável e com credibilidade.
“É a credibilidade que o industrial tem aqui. Se ele te prometer que vai fazer um produto determinado, ele vai cumprir, e é um produto que compete com os melhores do país”, exemplificou, mostrando livro que conta a trajetória da família Paludo com os valores plantados por seus pais.