Enterro da Polícia Civil em Lages

Na próxima terça-feira (23), policiais civis de todo o estado vão promover em Lages o enterro simbólico da Polícia Civil catarinense. O ato é mais uma ação para chamar a atenção da sociedade para a situação calamitosa à qual enfrenta a instituição de Santa Catarina, diz o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol).

Segundo dados oficiais, a Civil catarinense atua apenas com metade do efetivo considerado o ideal, o mesmo de quase 30 anos atrás. Somado a isso estão os baixos salários, defasados há mais de dez anos e considerados entre os piores das polícias civis de todo o país. Outro fator preocupante são as crescentes baixas nos quadros da Polícia Civil. Desde 2007, quase mil agentes deixaram a instituição, afirma o sindicato.
Os policiais civis deram um prazo de 15 dias ao governo: até o dia 25 de julho. Se até lá não forem atendidas as propostas da categoria, a Polícia Civil vai parar em Santa Catarina.

Anderson Amorim, presidente do sindicato, diz que os policiais civis exigem uma adequação remuneratória condizente às atividades técnico-jurídicas às quais exercem. Ainda de acordo com Amorim, as negociações com o governo do estado já se arrastam há muito tempo e, até agora, só foram apresentadas propostas desproporcionais às atribuições dos cargos dos policiais. "A situação salarial na Polícia Civil é calamitosa e a paciência acabou!” finalizou Anderson Amorim.