Ao se manifestar na tribuna na noite de terça-feira (9), o vereador Dejair Machado falou sobre a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, que decretou falência recentemente. Segundo ele, a empresa foi fundada em 1922 e aos 121 anos de história se encontra na situação de pedir falência.

“Algo que nos entristece, porque o Cônsul Carlos Renaux hoje dá nome a hospitais, estádio de futebol, enfim, a história brusquense passa pelo nome, tradição, pioneirismo e empreendedorismo de Carlos Renaux. E é uma história que nos dá orgulho. Hoje quando se elogia alguma coisa, se fala que é uma Brastemp mas antes nós falávamos que era Renaux. E quando se questiona as causas da falência, muitos falam da carga tributária. E temos que reconhecer que hoje, uma empresa que quer trabalhar direito, dentro das leis, não vai muito longe. Portanto, a carga tributária é um fator e tem outros, como a falta de inovação talvez”, ponderou.

Dejair aproveitou para criticar o governo que, na sua visão, faz propaganda sobre exportar produtos brusquenses para a Europa enquanto as empresas centenárias da cidade estão fechando as portas. “Será que a fala do prefeito é para subestimar nossa inteligência ou é uma forma de desviar o foco? Porque alguns políticos quando se veem numa situação difícil desviam o foco. Ele disse que visitou um Instituto tecnológico mas não tem nada a ver com o pólo têxtil. Na última semana, a presidente Dilma, também desviando o foco, primeiro inventou um plebiscito, que todos sabem, não pode ser feito através de manifestação popular porque automaticamente, vai entrar na Constituição Federal e precisa Projeto de Emenda Constitucional, que só o Congresso pode fazer”, soltou na tribuna.

Em aparte, Celso da Silva (PSD) falou que em relação a nova fronteira econômica que o Município quer estabelecer com a Alemanha seria interessante uma explicação mais aprofundada sobre a venda dos produtos brusquenses lá.