(VÍDEO) Indignados, moradores denunciam no MP e pedem saída de secretário, em Brusque

Uma situação que parecia simples de resolver foi parar no Ministério Público em Brusque. Os moradores do Loteamento Adelina, no bairro Bateas, entendendo o crescimento do local, resolveram se unir para realizar a pavimentação asfáltica de uma rua. Até aí, tudo bem. Mas o fato que até agora nada foi feito.
O empresário Fabrício Zen tem um terreno naquela área. Segundo ele, o primeiro contato foi com a Secretaria de Obras, com um funcionário que indicou uma empresa para executar o serviço. Após isso, os moradores, um a um, fecharam os contratos para a execução do trabalho. Isso aconteceu ainda em 2019.
“O prazo de entrega era para dezembro de 2019. Veio janeiro de 2020 e as coisas acabaram não se concretizando. Os moradores já pagaram um valor, a empresa já recebeu em torno de R$ 70 mil. Até em algumas justificativas, a empresa diz que queria receber 100% para fazer a entrega do material, mas deixamos bem claro que não daríamos mais nenhum real. Buscamos informações e soubemos que a empresa está em uma situação delicada”, explicou Zen.
O que os moradores querem é que a Prefeitura também assuma sua parcela de culpa na situação. “Procuramos a Secretaria de Obras, porque temos provas que eles estão envolvidos nisso. Tivemos quatro reuniões com o secretário. Ele se mostrou solicito, fez as bocas de lobo, só que a negociação com a fábrica de lajotas disse que não ter o envolvimento da Prefeitura. Nós questionamos como que nós, moradores, fecharíamos um acordo com uma empresa se não tivesse o aval de algum funcionário da Prefeitura?”, questionou Zen.
Em dezembro do ano passado, os moradores resolveram fazer uma denúncia no Ministério Público. O documento foi protocolado em 5 de dezembro, contra a empresa vendedora das lajotas. O secretário de Obras e o funcionário que representava a pasta foram inclusos na denúncia.
"Esperamos, tivemos paciência, primamos pelo diálogo, mas nada aconteceu e, por isso, tomamos essa decisão de procurar a justiça”, contou Fabricio.
Para ele, a Prefeitura tem responsabilidade, através da Secretaria de Obras, bem como o secretário também. "Porque se ele não conhece e não é responsável pelos atos dos seus funcionários, a gente pede para ele sair do cargo então. Estamos esperando há mais de um ano. Essa é a nossa revolta”, concluiu.
A Rádio Cidade procurou o secretário de Obras, Ricardo de Souza, e até o fechamento da matéria não houve manifestação.