(Video) Associação de Moradores questiona corte de árvores de área ecológica

O corte de parte de árvores, entre elas as que nomeiam o Bosque do Garapuvu, do Jardim Maluche gera questionamentos por parte da associação de moradores do bairro. Desde 2016, ele é considerado Área de Relevante Interesse Ecológico e a poda, no entendimento da entidade, configura uma infração ambiental.
Segundo o presidente da Associação De Moradores do Bairro Jardim Maluche, Cleiton Tomaz, a supressão dos exemplares pegou tanto a diretoria quanto moradores do entorno de surpresa. “Em nenhum momento nós fomos notificados, nenhum momento teve alguém que veio conversar com a associação, explicar alguma coisa sobre. Ficamos sabendo por um morador que viu a situação e foi até ali ver o que estava acontecendo”, relata.“Era para ser uma área protegida e o Poder Público, que era para ser um dos parceiros na colaboração para ajudar a cuidar da área, vai lá e faz um serviço desses.”
Um dos pontos alegados pelo Poder Público para eles é que as árvores ofereciam risco. Um relatório da Defesa Civil, do último dia 13, indica proximidade com a calçada, altura entre 6 e 8 metros, inclinação de alguns exemplares em direção à rua e distância em relação a via menor que um metro. Na análise do órgão, o posicionamento e os recorrentes vendavais tornam as condições de segurança inadequadas, sugerindo a poda.
O tópico também compõe indicação feita para a 6ª Promotoria de Justiça de Brusque, onde representantes da associação indicam os argumentos como insuficientes para o corte das árvores. Ainda na terça-feira, o tema também mobilizou manifestações por parte de vereadores, como Marlina Oliveira e Nik Imhof durante a sessão da Câmara de Vereadores de Brusque.
Além dos motivos, Tomaz questiona os métodos usados. “O que foi feito lá foi um crime ambiental, é assim que a gente entende. Simplesmente cortaram as árvores. Eles não podem chamar aquilo lá de poda, aquilo não é uma poda”.
Pedido partiu da Celesc
De acordo com a superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) de Brusque, Ana Helena Boos, e o secretário de Obras de Brusque, Ricardo de Souza, o pedido de corte das árvores foi feito pela Celesc, sob alegação da rede elétrica das proximidades. Ambos indicam que as autorizações para os processos, emitido pela Fundema para o local, foram emitidas logo após a mudança de endereço do órgão, que encerrou no último dia 13.