Prefeito diz que faltam propostas concretas

Da Alemanha, onde participa da viagem em comemoração aos 200 anos de Karlsdorf-Neuthard, o prefeito de Brusque, Paulo Eccel, avaliou a onda de protestos que ocorre no país e que chega a Brusque neste sábado (22). Ele afirma não entender as causas desse manifesto, mas defende a reforma política. Confira na íntegra o comentário concedido ao programa Rádio Revista Cidade na manhã desta sexta-feira (21).
Eccel afirma que vem acompanhando os fatos, mesmo fora do país, no noticiário brasileiro porque eles têm, nesse momento, repercussão mundial. Para ele, a partir do instante que as manifestações passaram a ter práticas de destruição de patrimônios isso começa a tomar uma proporção muito preocupante. Ainda de acordo com o prefeito, o brasileiro vive num país democrático, que é reconhecido mundialmente.
Causa certa estranheza para o mundo de uma hora para a outra essas manifestações. Temos certeza que não estamos no nível ideal, num país de primeiro mundo, mas temos dados salto significativos nos últimos tempos nos últimos anos em busca da melhoria da qualidade de vida. Hoje milhões de pessoas já não são mais pobres, já cresceram socialmente graças a diversas ações realizadas no Brasil. As manifestações, o tom que estão tomando, claro que é preocupante., disse ele.
O prefeito afirma, ainda, que tem visto nas redes sociais e veículos de comunicação que os manifestos mostram uma pauta altamente diversificada. Na avaliação dele, faltam propostas concretas.
No meu entender, não basta somente o brado, tem que vir acompanhado de proposta. E hoje que a gente percebe que tudo virou motivo de protesto. Certamente, neste momento estou falando contigo e muitas pessoas estão protestando em função daquilo que estou falando. Ou seja, todo mundo se acha no direito e nós vivemos numa democracia e todos temos direito, de nos manifestar livremente. Agora nós temos que levar isso para algo concreto, assinalou na entrevista.
Segundo ele, em Brusque e Guabiruba estão acontecendo audiências públicas nas câmaras municipais, realizadas para discutir a cidade, a cultura, educação. Daí o que a gente percebe, neste momento, é que nem sempre acontece a participação das pessoas.
Para ele, as conferências são os espaços para as pessoas se manifestarem, para dizerem aquilo que não está correto, apontar o melhor caminho. É isso que tem que acontecer, a participação de forma concreta levando uma proposta. E nós não temos sentido muito claro quais são as proposta, a não ser os discursos gerais de maneira genéricos, frisa ele.
Ainda de acordo com as palavras do prefeito, se nós estivéssemos num pais com problemas econômicos e desemprego, até entenderíamos, de certa forma. Mas não é isso que está acontecendo no Brasil, finalizou ele.