Insatisfeita com os protestos nas cidades-sede da Copa das Confederações e também com o prejuízo causado pelos manifestantes, que depredaram carros e outros equipamentos do torneio, a Fifa deu um ultimato ao governo brasileiro. Se mais algum membro da entidade, das seleções, ou da imprensa sofrer com as manifestações, a competição será suspensa.

A informação foi negada de forma oficial pela entidade e pelo comitê organizador local, o que também foi feito pela assessoria de comunicação ligada à Presidência da República. De acordo com informações apuradas por jornalistas que estão na cobertura da competição, uma seleção já teria pedido para deixar o país, por conta da insegurança.

O grande problema do cancelamento da Copa das Confederações será o prejuízo da Fifa, que segundo o artigo 23 da lei geral da Copa: "A União assumirá os efeitos da responsabilidade civil perante a Fifa, seus representantes legais, empregados ou consultores por todo e qualquer dano resultante ou que tenha surgido em função de qualquer incidente ou acidente de segurança relacionado aos eventos, exceto se e na medida em que a Fifa ou a vítima houver concorrido para a ocorrência do dano".

Os manifestos mudaram o comportamento de membros da Fifa, que agora são orientados a ir e voltar dos estádios juntos. O próprio presidente da entidade, Joseph Blatter, em razão dos protestos, deixou o país rumo à Turquia, onde acontece o Mundial Sub-20, também promovido pela Fifa.

LDO