Protestos pelo país viram assunto na Câmara
Na sessão desta terça-feira (18) da Câmara Municipal de Brusque, os vereadores tocaram no assunto referente aos protestos que ocorrem pelo Brasil nestes dias. Por todos os cantos, a população tem saído às ruas para demonstrar a indignação com o governo e suas medidas. Ato que teve início em São Paulo, quando manifestantes cobraram a redução nos preços da passagem de ônibus, que sofreram reajuste de R$ 0,20.
A vereadora Marli Leandro (PT) foi a primeira a levantar o tema. Ela disse que, tirando fora os atos de violência, as manifestações retratam a democracia que o país vive. Temos plena consciência de que o nosso Brasil precisa de reformas. Sabemos que muitas coisas estão vindo à tona. Defendo e penso que a reforma política vaio nos apontar mudanças profundas que precisamos em nosso país.
O vereador Edson Rubem Muller (PP) disse que os protestos não possuem uma linha única e se apegam em pontos diferentes. Mas frisou que tudo é movido por um apanhado de situações que cansaram a população no decorrer dos anos. Tudo se transformou no estopim. É a carga tributária, os escândalos de corrupção
Dejair Machado (PSD) disse que tudo está ocorrendo por conta da inversão de prioridades que o governo esta dando. Esse é o problema que a população não agüenta mais. Chegamos ao limite.
Jean Pirola (PP) disse que os protestos ocorrem por todo o Brasil e chegarão a Brusque. O que mais esta no trazendo essa idéia é que são todos movimentos apartidários. Ninguém está levantando bandeiras partidárias, disse, frisando que não se pode permitir a intolerância e violência.
Ivan Martins disse que este movimento é o maior desde a movimentação que culminou o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
José Isaias Vechi (PT) também disse que não há um direcionamento apenas para o governo federal, mas que tem como foco toda a classe política do país.
Celso Emydio da Silva (PSD) disse que o povo é quem está fazendo esse movimento. E criticou a ausência de entidades representativas, como sindicatos, de tomar a frente dos manifestos como ocorrera em outras épocas.
Moacir Giraldi (PT do B) disse que somente a reforma política não vai resolver nada. Antes, é preciso fazer todas as reformas necessárias para que realmente se mude o cenário. Acho que o povo, de certa forma, acordou, disse.