A Prefeitura de Brusque anunciou o rompimento do contrato com a empresa Catedral, que era responsável pela execução da obra do PAC Macrodrenagem no Bairro Nova Brasília. O anúncio foi feito em reunião com os moradores na noite desta quinta-feira (29).

O motivo foram os inúmeros problemas encontrados nos últimos tempos, desde o não cumprimento de prazos, terceirização dos trabalhos e más condições dos empregados. Será aberto um novo processo licitatório para escolher a empresa que concluirá o serviço.

“Em função da abrangência da obra e dos valores que vão atingir é necessário a abertura de uma nova licitação e contratação de uma nova empresa”, afirma a diretora geral do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI), Andreia Volkmann.

Um estudo será realizado pela Prefeitura para verificar a real situação e o que ainda falta para ser finalizado na obra. Faltam cerca de 60 metros do túnel que liga o interior do bairro à região da Rodovia Antônio Heil, no Mont Serrat, parte crucial para o escoamento da água. Após esta etapa serão instaladas as galerias na Rua Joaquim Zucco.

Volkamnn afirma que esse levantamento de informações será importante, também, para que se faça os pagamentos pendentes pela parte executada pela Catedral. Há uma ação movida contra a empresa pelo Ministério Público por conta dos problemas detectados na obra.

O prefeito Jonas Paegle frisa que a decisão tomada de rescindir o contrato é uma forma de poder dar agilidade no término da obra, essencial para acabar com o drama de alagamentos na região.

“Desde então temos pontuado, caído em cima da empresa, cobrado da Caixa (Econômica Federal). Houve interferência do sindicato por causa de problemas de EPI (Equipamento de Proteção Individual), falta de ventilação. Isso se alastrou até agora e tivemos que cancelar o contrato, porque não dá mais para esperar”, destacou ele, afirmando que a Prefeitura não vai colocar nenhum dinheiro a mais e as pendências com a Catedral são problema da Caixa Econômica.

A reunião serviu para que a Prefeitura fizesse o anúncio e reformasse as promessas aos moradores do Nova Brasília, em especial da Joaquim Zucco e Osvaldo Niehbur, diretamente atingidos pelas cheias. A notícia do rompimento do contrato e de uma nova licitação pegou todos de surpresa. Entretanto, a palavra de quem esteve presente no encontro é esperança, além de dar mais um voto de confiança ao governo.

“O que estamos notando é um empenho deles para que isso se concretize, que essa obra realmente saia”, afirmou o empresário Rui Mauricio dos Santos, que era um dos representantes da comunidade no encontro, realizado na Prefeitura.

No encontro, os membros do governo evitaram dar prazos para a finalização dos trabalhos. Segundo a diretora do DGI, será feito um cronograma pela Prefeitura e apresentado à empresa vencedora da nova licitação para que a mesma se comprometa a cumpri-lo. Entretanto, ficou no ar a expectativa de que no próximo verão os problemas que tanto afetam os moradores sejam coisa do passado.

“Quem passou por algum evento de enchente fica apreensivo, chega a sonhar com isso”, complementa Rui Mauricio dos Santos.