Armamento civil, Hospital de Azambuja e agricultura

Na inscrição da palavra livre da sessão desta terça-feira (11) da Câmara de Vereadores de Guabiruba, sete dos nove legisladores izeram uso, começando por Osmar Vicentini. Em um longo discurso, ele destacou a situação problemática da agricultura artesanal na cidade e região. Segundo ele, muitos produtores têm dificuldades em colocar seus produtos para a venda em mercados e feiras.
Queria eu pedir que se fizesse uma associação, uma cooperativa, ou alguma coisa que envolvesse os municípios de Botuverá, Guabiruba, Brusque a, até mesmo, Gaspar, para que essas pessoas trabalhassem tranqüilas, podendo botar seus produtos no mercado à venda, direto para o consumidor. Tudo para manter nossos produtores, destaca ele.
Em contraponto, Valdemiro Dalbosco, presidente da casa, respondeu ao legislador que já existe um projeto para essa valorização, que precisa ser reativado. Trata-se do Sim, ou Serviço de Inspeção Municipal. A idéia é que se faça Brusque, Guabiruba, Botuverá e, se possível, também, Gaspar, nesse convênio do Sim municipal, que é uma maneira que permite que o agricultor comercialize seus produtos, não só em Guabiruba, mas, também, em outros municípios que façam parte deste convênio. Seria muito importante esse serviço de inspeção municipal para que o produtor tenha novas fronteiras para explorar comercialmente, completa Valdemiro.
Ainda em seu pronunciamento, o vereador Vicentini também falou, indignadamente, da situação em que o país vive de insegurança. Ele se diz a favor da posse de armas para cidadãos de bem, treinados, para que possam se defender, defender suas famílias e, da mesma forma, o seu lar. Segundo ele, cabe aos vereadores do Brasil lutar para mudar a legislação que não permite a posse e o porte de armas para o cidadão civil.
Eu sempre fui a favor do armamento em prol da defesa do cidadão. Visto que a gente vê hoje o nosso país que o povo quer ficar armado. Em prol da defesa e não da guerra. (...) O certo, claro, é ninguém ter arma, nem nós, nem bandido, mas, na verdade, o povo hoje vive o medo. (...) O cidadão tem que manter sua segurança. (...) Nenhum ser vivo deixa invadir sua segurança. Ele dá um jeito de se defender. E se o bandido te olha pela janela, te aponta uma arma, tu fazes o quê? Vai obedecer tudo o que ele diz. Agora, se ele sabe que você tem em casa uma arma, que sai de volta a mesma quantidade de chumbo, ele não vai entrar na tua casa com facilidade., finalizou o legislador.
Apesar de respeitar a posição, Valdemiro Dalbosco discordou das palavras de Vicentini. Eu defendo que, como representante do povo, nós precisamos pedir, cada vez mais, segurança. Não tenho uma arma, não quero ter uma arma em casa. Defendo que a arma deva estar na mão de quem é treinado para utilizá-la, como a Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil. Enfim, todos que tem assegurado o direito de portar. Defendo mais investimentos em segurança pública, assim como em educação. Investindo em educação iremos reduzir significativamente o índice da criminalidade em nosso país., finaliza.
Alguns vereadores que discursaram na noite desta terça-feira (11) foram unânimes nas congratulações direcionadas à organização das festividades alusivas aos 51 anos de emancipação político-administrativa do município. Dentre os quais, Luciano Schlindwein, Valdeci Gomes Ferreira, Cristiano Kormann e Felipe Eilert dos Santos. Este último destacou a vitória do guabirubense Márcio Pasqualini na meia maratona de Florianópolis, com o tempo de 1h10min58seg. Em um segundo momento de sua fala, destacou o fato de 61% das crianças guabirubense terem sido vacinadas contra a poliomielite, no último sábado (8). Os números nos deixam tranqüilos em relação a meta estipulada pelo governo federal, diz o vereador.
Santos destacou, também, a intervenção feita pelo prefeito de Brusque e correligionário, Paulo Roberto Eccel, no Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux, o Hospital de Azambuja. A gente vê que foi uma atitude de coragem, pensada no bem da população. (...) Lamento pelas palavras de Dom Wilson que chamou de autoritária esta intervenção. (...) Eu acredito que quem é autoritário é quem vira as costas pra saúde, finalizou.
LdO