Vereador propõe compra de vagas em creches privadas para atender demanda de Brusque
O vereador André Rezini (Republicanos) está sugerindo que a Prefeitura de Brusque compre vagas de creche em unidades privadas para atender a demanda. De acordo com o parlamentar, outros municípios têm usado essa opção.
“Nós vimos que cidades vizinhas, como é o caso de Itajaí, que em 2020 fez uma compra de 1.600 vagas das redes particulares de ensino. Logicamente precisa ser feito licitação, estudos, mas é importante falarmos sobre esse assunto e em conjunto resolver essa situação”, pontua, afirmando que, em Brusque, há cerca de 1.200 crianças que aguardam vagas.
A secretária municipal da Educação, Eliani Aparecida Busnardo Buemo, disse que o assunto já é conhecido na pasta. Ela, inclusive, já foi conhecer o modelo adotado na cidade vizinha.
“Eu estive em Itajaí no início da gestão, em 2018, e conheci um pouco de como se organizou. Tive no começo do ano também lá, vi como funciona o edital”, explicou.
Eliani também esclareceu alguns pontos. Conforme ela, a cidade de Brusque ainda tem um prazo para atender a demanda, de acordo com o plano municipal.
“O poder público tem a obrigação do cumprimento da meta 1 do plano municipal, que é universalização da educação infantil. Nós, em Brusque, temos dado conta da questão da idade obrigatória de quatro anos em diante”, pondera.
A secretária afirma que o setor precisa atingir metas estabelecidas pelo Ministério da Educação para crianças com idades do nascimento até três anos. O prazo encerra em 2025. No entanto, as dificuldades para isso são muitas.
“Acontece que os nascimentos continuam acontecendo e em uma proporção que nós não demos conta. Então, quando se fala no fila única, eu sempre digo, e corrijo, não há como zerar fila única, porque a cada seis meses há uma quantidade de crianças aguardando vagas”, explicou.
A secretária também deixou claro que a compra de vagas é uma opção bem-vinda, mas que demanda discussão.
“A compra é uma saída que precisa ser discutida a nível de gabinete, é uma decisão colegiada, com o prefeito, com a secretária de orçamento, de recurso. Porque isso vai demandar um investimento. Então, são ações coordenadas, mas se perguntarem para a secretária qual a sua posição pessoal, sou, sim, favorável a essa medida para justamente conseguir atingir de forma mais ampla a meta número 1 do plano de educação”, finalizou.