O Conselho Municipal de Saúde (Comusa) voltou a se reunir na noite de ontem (19). Foi o penúltimo encontro do grupo neste ano e, novamente, bastante acalorado. As discussões mais consistentes giraram em torno de um comunicado enviado pelo Instituto Amea, rebatendo questionamentos feitos pelo Conselho no encontro anterior, além da prestação de contas da secretaria de Saúde.

A apresentação dos dados referentes aos gastos da pasta municipal foi feita pela contadora da secretaria, Edna Beatriz Censi. De posse de uma pilha de documentos, Edna falou rapidamente sobre o assunto, antes de entrar em conflito verbal com um dos conselheiros, o advogado Izaias Joaquim Gonzaga. "O senhor está dizendo que eu não sirvo para nada aqui, então vou embora". esbravejou Edna após entrave com Gonzaga.

Os conselheiros foram praticamente unânimes em questionar de forma veemente os números. Diante dos dados técnicos, sugeriu-se que a secretaria de Saúde disponibilize um relatório mais esmiuçado sobre os gastos, de forma a ficar mais compreensíveis de serem analisados.

Um comunicado enviado pelo Instituto Amea rebatendo as declarações do Conselho sobre os serviços prestados pelo órgão foi lido na abertura do encontro. No documento, a diretoria do Amea afirma que não repassou informações solicitadas porque não entende que o Comusa tenha competência para isso e que somente presta contas à secretaria de Saúde.

"Vir dizer numa correspondência que este Conselho não tem competência de questionar a prestação de serviços do Instituto Amea é, no mínimo, dizer que somos tolos e que não temos nada para fazer", declarou o vice-presidente do Comusa, Julio Gevaerd.

O encontro de ontem serviu ainda para que o Conselho elegesse os membros das quatro comissões que integrarão as fiscalizações do grupo no setor de Saúde. Cada comissão será integrada por cinco conselheiros, podendo delas também fazer parte os membros suplentes.