Na manhã desta sexta-feira (17), policiais civis de Brusque, comandados pelo delegado Alex Bonfim Reis, acompanhados por policiais militares do 18º BPM, cumpriram um mandado de busca e apreensão na propriedade de um produtor clandestino de palmito e também na casa de um policial militar de Guabiruba. Conforme o delegado Alex, o Ministério Publico recebeu uma denúncia em novembro do ano passado de que policiais daquela cidade estariam praticando corrupção.
A determinação de apuração foi feita pela Polícia Civil, que instaurou um inquérito e, ao final do procedimento, não foi demonstrada a gravidade de um dos policiais de qualquer crime de um dos envolvidos. Já com relação ao outro policial, restou indícios de que ele estaria envolvido em prevaricação.
“Foi representado um mandado de busca e apreensão domiciliar na manhã de hoje. As provas mostraram que um desses policiais não tomou as devidas providências no exercício de sua função para impedir a prática do crime. Acontece que uma pessoa estava extraindo ilegalmente palmitos e esse policial poderia ter agido para impedir o transporte desse palmito in natura, que é um crime ambiental. Assim não o fez. Então, nesse sentido já há uma provisão legal do artigo 319, do código penal, pelo que é prevaricação e que por si só já justificou o aprofundamento das investigações ”, destacou o delegado.
Cumpridos os mandados nas duas residências, foram encontrados na casa do policial dez vidros de palmito in natura. “Agora cabe à polícia apurar se houve realmente a prevaricação e se esse palmito está realmente em descordo com a determinação legal, bem como se realmente configura o crime ambiental. Constatado isso, o policial militar poderá responder por prevaricação e crime ambiental”, disse Reis.
Os policiais descobriram que o PM fornecia o nome dos policias em serviço e, com isso, ele deslocava algumas viaturas para favorecer a passagem daqueles que cometiam crimes ambientais. “Não se tem prova efetiva que isso aconteceu, mas será apurado”, explicou o delegado.
Não foram divulgados os nomes dos envolvidos para que a investigação não seja prejudicada