CPI ouve ex-secretário de Obras
A CPI das Oficinas ouviu na tarde desta quinta-feira (2) mais uma testemunha, o ex-secretário de obras da Prefeitura de Brusque, Gilmar Vilamoski. Eram duas as pessoas convocadas, mas uma delas, o motorista Adriano Alves, não compareceu e sequer deu satisfação à CPI.
Gilmar Vilamoski falou aos vereadores por pouco mais de meia hora. Respondeu a questionamentos sobre contratos com as oficinas e serviços prestados por elas à secretaria municipal de Obras. Disse que assinava todos os documentos referentes a orçamentos de consertos dos veículos sem lera nenhum, pois este era um procedimento que já havia sido feito por alguém antes de chegar às suas mãos.
Antes, o ex-secretário fez um relato sobre como pegou a pasta em 2012, ano em que foi convidado a comandar o setor de obras. A identificação de cada veículo e a criação de mecanismos de controle, principalmente sobre deslocamento dos veículos, foi uma das medidas.
Sobre como os veículos eram encaminhados para as oficinas, Vilamoski disse que quando aparecia algum problema nos mesmos, um encarregado da secretaria encaminhava ao conserto
O vereador Ivan Martins (PSD), relator da Comissão, quis saber se havia alguém para fiscalizar se as peças eram originais ou novas quando do conserto de algum veículo. Vilamoski disse que devido à correria, tudo ia do princípio da confiança. “O que o licitado fazia não tinha porque abrir o carro e ver se a peça era original ou não”, pontuou ele.
O ex-secretário frisou que quando começou os trabalhos na pasta de Obras as oficinas licitadas para prestar serviço de mecânicas já vinham trabalhando e os procedimentos estavam deliberados. Confirmou que não fazia a verificação de peças originais e desconhece que algum funcionário fazia.
Por fim, o ex-secretário disse que sabia da existência dos donos das oficinas. Um deles, dono da MG, por ser filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ter ocupado função na Prefeitura. Já em relação ao proprietário de outra oficina envolvida na investigação, a NIT Clínica Automotiva, contou que o conheceu por intermédio do ex-diretor do Samae, Marcelo Rosin, que o levou até o local certa vez. O motivo é que a oficina então licitada para os serviços estava demorando demais nos consertos e havia certa urgência em se ter os veículos rodando.
A CPI das oficinas volta a se reunir no dia 8 de abril. É quando mais duas pessoas serão ouvidas: Jackson Luiz Beuting e Gleusa Luci Fischer. Ela secretária da Educação e ele funcionário da secretaria de Obras na época.