“Espero que as dores diminuam, que eu possa trabalhar tranquilo e ter mais qualidade de vida”, disse o motorista, Adalberto João Garcia, de 70 anos de idade, enquanto caminhava pelo quarto do hospital, 24 horas depois de passar por uma cirurgia de coluna cervical através do método de Monitorização Neurofisiológica Intra-operatória (MNIO), ou seja, por controle de movimentos.
O motorista foi o primeiro paciente a passar por este tipo de cirurgia no Hospital Azambuja, que pode realizar o procedimento, mas apenas através de convênios, pois ainda não tem credenciamento para cirurgias de alta complexidade. “Nós temos total condição de realizar esta e outras cirurgias de alta complexidade, pois temos equipamentos de última geração e profissionais altamente capacitados para realiza-las”, declarou o administrador do Hospital Azambuja, Fabiano Amorim.
A cirurgia durou cerca de duas horas e meia e foi realizada pelo Dr. Rafael Hoffmann, ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Coluna, que atua no Azambuja. Segundo ele, o procedimento consiste na instalação de eletrodos, por um médico eletrofisiologista, que controla a função da medula vertebral, desde o início da indução anestésica, até o despertar do paciente. “A segurança é bem maior do que qualquer outra técnica,o que deixa o paciente mais tranquilo, pois muitos tem receio com relação aos riscos de perda de movimentos e paraplegia, o que não acontece”, explica o médico.
Na MNIO, o risco trazido pela cirurgia de coluna - que já é baixo - diminui consideravelmente. No caso do Adalberto, no dia seguinte à cirurgia, ele já conseguia se movimentar pelo quarto, tanto que ganhou alta logo em seguida, 48 horas após o procedimento. “O paciente apresentou melhora significativa dos sintomas no pós-operatório e o procedimento ocorreu dentro da normalidade, nos trazendo segurança durante toda a cirurgia”, relatou.
“Eu tinha muitas dores de cabeça e no braço, em função do meu problema na coluna cervical, o que atrapalhava no meu trabalho, agora tenho certeza que minha vida será bem melhor”, concluiu o Sr Adalberto.




