Mais uma audiência pública foi realizada na Câmara de vereadores de Brusque. Desta vez, o tema a ser debatido foi a saúde pública, focando no Sistema Único de Saúde (SUS) e os colapsos que vêm acontecendo Brasil afora.

Presentes estiveram, além dos vereadores, o deputado estadual Volnei Morastoni (PT), o também deputado Serafim Venzon (PSDB), Celso Dellagiustina, consultor de saúde da Assembléia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Marcos Maestri, presidente do Conselho Municipal de Saúde de Brusque (Comusa), o médico Antônio Carlos Pucci de Oliveira, diretor clínico do Hospital de Azambuja, e a secretária municipal de Saúde, Cida Belli.

Volnei, em um longo pronunciamento, destacou vários pontos sobre o Sistema Único de Saúde. Para ele, o SUS foi uma grande conquista para a saúde pública no país, destacando-se como o maior sistema do mundo, apesar de todos os problemas. Apresentou o seu panorama atual, além de falar sobre o projeto Saúde + 10, que defende uma porcentagem de 10% do orçamento da União destinada para a própria saúde.

Porém, de todos os assuntos abordados, a solução apresentada por Volnei para o colapso nacional foi a mesma de Celso Dellagiustina, que falou em seguida: as redes de atenção à saúde.

Mas o que são elas? São a articulação entre serviços e sistemas de saúde, de forma a centralizar as necessidades do setor de uma população, pela responsabilização na atenção contínua e integral, pelo cuidado multiprofissional, pelo compartilhamento de objetivos e compromissos com os resultados sanitários e econômicos.

A partir do momento em que o médico Antônio Carlos Pucci usou da palavra livre, a reunião focou quase que inteiramente na situação do Hospital de Azambuja. Momento em que os legisladores da bancada de situação começaram a pressionar o governo do estado pelo não repasse de recursos à unidade, enquanto que os de oposição responsabilizaram a municipalidade pela situação atual da casa hospitalar.

Para Valmir Ludvig, a discussão em torno da atual situação da saúde pública num todo foi bastante proveitosa, principalmente na questão das redes de atenção à saúde. Inegável, para ele, a parcela de culpa por parte do governo do estado. Segundo a bancada de situação, o fato do estado não comparecer na audiência, mesmo sendo convidado, demonstra o descaso da esfera para com a saúde pública.