Na tarde de quinta-feira (19), cerca de 20 alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Brusque receberam a certificação de conclusão do Curso de Boas Práticas na Manipulação de Alimentos, realizado pelo Instituto Federal Catarinense (IFC). Desde setembro de 2014, o órgão firmou convênio com a entidade para oficinas de capacitação profissional.
“Desde então o resultado tem sido fantástico. É um trabalho que o Instituto realiza gratuitamente e os alunos adoram. Os temas desenvolvidos se tornam um instrumento maravilhoso de formação profissional e a experiência tem sido muito positiva”, avalia o presidente da Apae, Sebastião Ernani Poia.
Para o coordenador de ensino e professor do IFC, Hélio Maciel Gomes, o Instituto deve atender a comunidade como um todo, inclusive pessoas com necessidades especiais. O objetivo é formar cidadãos mais autônomos e capacitados para o mercado de trabalho. Segundo Élio, nesses primeiros meses de convênio, a experiência tem sido excelente e toda a Coordenação de Extensão (formada por mais de dez professores) está integrada ao projeto.
“Existe a política da inclusão. Mas a verdade é que se fala muito, mas se faz pouco. Nosso papel é incluir e não excluir. Estamos aqui para isso e é muito bom quando os próprios alunos percebem a mudança que a informação trouxe para atividades há muito tempo já realizadas”, observa.
As primeiras certificações do IFC foram para dois cursos distintos. Um deles era “mídias sociais com ênfase na criação e manutenção de Blogs”, destinado aos professores, com o objetivo de entender e trabalhar melhor as ferramentas online de comunicação social para propagar pela internet os projetos e as ações que a Apae de Brusque desenvolve. Já o segundo “Boas práticas na manipulação de alimentos” alertava os estudantes para casos de contaminação, quais doenças podem ser transmitidas pelos alimentos e quais cuidados são necessários na higiene de frutas e verduras. “O importante, já nessa primeira turma, é a mudança de comportamento. Eles passaram a adotar as práticas corretas na Apae e também levaram esse conhecimento para casa. Foi tão positivo que já decidimos abrir mais duas capacitações com este mesmo tema”, afirma a professora do IFC, Maria Manuela C. Feltes.
Novos projetos estão em planejamento, como a elaboração de sabonetes líquidos e técnicas mais profissionais para o tingimento do papel e da tapeçaria. “A intenção é sempre agregar valor ao que a Apae já produz de forma artesanal e ter mais qualidade nas atividades que os alunos desenvolvem na escola. Podemos ressaltar o envolvimento de cada turma e o anseio em se aperfeiçoar”, pontua a Secretária Executiva da Apae, Angela Mendes Suavi.