Está fechada a negociação coletiva 2013/2014 da construção civil e do mobiliário de Brusque e região. Em reunião realizada na manhã de terça-feira (23), representantes do sindicato patronal (Sinduscon) e dos trabalhadores (Sintricomb) chegaram a um acordo sobre os percentuais de reajustes das categorias.
Ficou definido que haverá aumento de 8% para quem recebe acima dos pisos salariais, além de valores nos pisos que variam entre 13,2% a 18,5%. O pleito da classe laboral era de 12% para quem recebe acima dos pisos e 16% nos pisos. Apesar disso, o presidente do Sintricomb, Izaias Otaviano, disse que o resultado da negociação está dentro do que pleiteava a comissão de negociação representativa dos trabalhadores.

“O sindicato trabalha muito forte na reposição dos pisos. Estamos trabalhando muito nesta questão. Foi uma negociação satisfatória”, destaca ele.
Presidente da comissão de negociação da classe patronal, o empresário Orlando Schaefer disse o consenso sobre a necessidade de adequação maior nos pisos mostra a unidade dos dois lados no que diz respeito ao bom andamento do setor.

"Foi uma negociação tranquila, com muito diálogo entre os dois sindicatos, pois ambos têm sempre o mesmo interesse, que é o bem do funcionário. O Sinduscon acordou um percentual maior do que a reposição salarial em função dos pisos salariais estarem defasados no valor pago ao funcionário. O resultado foi mais uma vez um acordo que agradou a todos".

Segundo o presidente do Sinduscon, Ademir José Pereira, a negociação entre os dois sindicatos foi mais uma vez de acordo com os interesses de ambos, valorizando o trabalho dos nossos funcionários. "Chegamos a um acordo onde deixamos o salário acima da média regional, fazendo com que o nosso funcionário permaneça na construção civil e assim possamos investir na qualificação profissional deste trabalhador, que é uma necessidade da nossa região", frisou.
O trabalhador Ivonei de Souza, que integrou a comissão do Sintricomb, participou pela segunda vez de um processo como este. E disse que o resultado, de fato, não fugiu muito do que a classe pretendia. “Foi uma boa negociação, sim. Não ficou longe do que almejávamos, pois sabíamos que não seria diferente”.
O ganho real de pouco mais de 1% teve como base o percentual calculado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de abril.

Além dos valores salariais, as partes mantiveram todas as demais cláusulas da convenção coletiva e acrescentaram duas novas. Uma trata da obrigatoriedade de as empresas realizarem treinamentos de seus funcionários, sob pena de sofrerem sanções do Ministério do Trabalho, bem como a criação do Serviço de Medicina e Saúde do Trabalhador (Sesmt).

Confira, a seguir, como ficou a negociação.

Piso encarregado 15,2%
Profissional 13,2% - pedreiro, armador e carpinteiro
Meio oficial 18,5%
Servente 13,15%