PMs podem parar no verão
Em reunião realizada no sábado passado (11), a diretoria da Aprasc (Associação de Praças de SC), órgão de classe da Polícia Militar, discutiu a mobilização em torno da cobrança do que o Estado ainda não pagou da Lei 254, em relação à escala vertical. Pela Lei editada em 2004, o Governo de Santa Catarina garantiu um reajuste salarial de 93,81 % à toda a Segurança Pública do Estado catarinense.
Segundo os policiais militares o governo não fez nenhuma proposta concreta nos últimos três anos. Na reunião, outros assuntos estiveram em pauta, como a lentidão na realização dos cursos relativos ao Plano de Carreira; a necessidade de um Decreto assinado pelo governador liberando as 912 vagas de praças do Corpo de Bombeiros, relativas à Lei 259; a Proposta de Emenda Constitucional que dá amplos poderes aos bombeiros privados (também chamados de ‘voluntários); a instituição do soldado temporário como precarização da Polícia Militar; a participação da Aprasc no movimento de defesa do serviço público; e o pagamento da Lei 254.
O salário dos PMs está congelado há 3 anos e o efetivo é cada vez mais insuficiente para atender às necessidades da sociedade. Para os policiais militares, as escalas de serviço têm sido extenuantes e os PMs ainda se viram com a responsabilidade de elaborar os termos circunstanciados.
A direção anunciou que, diante dessa avaliação, os próximos dois meses serão de intensa mobilização. Antes de chegar o verão, dizem, "teremos algum avanço na questão salarial ou amargaremos todos juntos o pior Natal dos últimos anos".
A data de manifestação não teve a data definida porque os PMs não querem dar essa informação aos que eles consideram detentores de "mecanismos para desmobilizar nossa luta através do casuísmo das prontidões, das escalas descabidas, das operações mentirosas.".
A Aprasc apresentou três planos para as mobilizações. O "Plano A" será realizada na Capital. O "Plano B" será regionalizado. E, o "Plano C" é nas extremas. Os policiais pretendem começar pelo "Plano A". Depois disso, se for necessário, eles anunciaram que irão avançar para o "B", ou diretamente para o "C", conforme a conjuntura do momento indicar.
Segundo a Associação, o "Plano A" depende de algumas circunstâncias e só deverá ser publicado algumas horas antes da efetivação. Nas próximas semanas, a meta dos PMs é organizar e detalhar a estrutura, com reuniões regionais para intensificar a estruturação. As mobilizações ocorrerão nos dois meses entre 20 de outubro e 20 de dezembro.



