A audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores de Brusque na noite desta segunda-feira (23) para discutir o pedido de financiamento internacional da Prefeitura para obras de mobilidade urbana foi mais um dos capítulos de polêmica que tem envolvido Executivo e Legislativo. Desta vez, os legisladores se depararam com um público bem menor que aquele que esteve na Casa do Povo para opinar sobre outro projeto, o que trata da desafetação de áreas públicas para o programa de habitação, em audiência realizada na noite de 11 de fevereiro.

A oposição se manteve firme na contrariedade à proposta. Para o vereador Ivan Martins (PSD), a prioridade neste momento não é a construção de um anel viário, ponto central do projeto que trata do assunto. “A prioridade as obras neste momento e a continuidade da Avenida Beira Rio. Este projeto, que foi elaborado pelo Instituto Hidrográfico do Paraná, é o maior projeto de mobilidade urbana e de contenção e cheias já confeccionado no município de Brusque”, argumentou ele, colocando, ainda, que há irregularidades na proposta que a tornam inconstitucional.

Para o vereador Felipe Belotto Santos (PT), líder do governo na Câmara, a proposta de financiamento tem obtido adesão de vários seguimentos da sociedade organizada, o que deve fazer com a Câmara, principalmente a oposição, repense sobre rejeitar a mesma. “Ficou muito claro aqui que a maioria se posicionou favorável ao projeto. tivemos entidades importantes da cidade de Brusque se manifestando favoráveis. Isso deixa claro para a comunidade e aos vereadores, que é a quem cabe aprovar ou rejeitar, que a sociedade se manifestou a favor do projeto”, disse ele, aproveitando para citar que alguns vereadores estão desde o início buscando motivos para se posicionar contra a proposta.

O diretor do gabinete do prefeito, José Gustavo Halfpap, foi o responsável por explanar sobre o projeto e responder aos questionamentos dos legisladores. "Penso que ao final todos tiveram mais elementos para votar,agora, com mais tranquilidade e consciência esse importante projeto para a moblidade de Brusque. Hoje, o município tem um baixissimo endividamento, 17% somente de sua capacidade. Temos pago com rigor nossos compromissos. O muncípio tem aberto essas portas, de buscar novos financiamento", frisou ele.

O projeto de lei trata da aquisição de financiamento internacional na casa de R$ 48 milhões para obras de mobilidade urbana. a principal delas é a construção d aponte do Centro, que ligaria as duas margens da Beira Rio na altura do Pavilhão da Fenarreco. Agora, o projeto segue para discussão dos vereadores em plenário e cabe à mesa diretora coloca-lo em votação.