Mais de R$ 700 mil sem explicação
O Conselho Municipal de Saúde de Brusque (Comusa) se reuniu na noite de quarta-feira (24) na sede do Sindicato dos Comerciários. Entre os vários assuntos que tornaram a pauta da reunião extensa, estava a prestação de contas do Fundo Municipal de Saúde e do Samu, referentes ao quatro trimestre de 2009.
Membros da comissão de finanças do Comusa apresentaram um relatório no qual constam inúmeras disparidades de valores repassados ao Instituto Amea, que era responsável pelo gerenciamento da parte administrativo/financeira do Samu. Segundo o presidente da comissão, Julio Gevaerd, o contrato entre a prefeitura e o Amea, elaborado na administração passada, não "explica nada em seu conteúdo", além do fato de que a prefeitura repassava os valores ao Instituto e também custeava a folha de pagamento dos funcionários.
O próprio repasse de valores deveria ser utilizado para custeio dos salários. Ou seja, saia dinheiro dos cofres públicos em duas etapas para o mesmo fim. Ainda de acordo com o relatório, cerca de R$ 700 mil destinados ao Instituto não deixaram qualquer tipo de documentação comprovando onde foram aplicados. Fora isso, a comissão opinou pela aprovação da prestação de contas.
Julio Gevaerd explica que a decisão foi tomada porque não cabe mais ao conselho deliberar sobre uma eventual investigação do caso. Por conta disso, a documentação será remetida ao Ministério Público.



