Os brasileiros já pagaram quase R$ 500 bilhões de tributos de 1º de janeiro até o dia 1 de julho. A marca foi alcançada na manhã de quarta-feira (2), segundo estimativas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), e este total corresponde a toda a receita recolhida pelos municípios, estados e União desde o primeiro minuto de 2008. Somente em Brusque, o impostômetro estima que tenham sido arrecadados cerca de 22,5 milhões de reais entre o dia 1º de janeiro e 3 de julho.
O valor arrecadado pode ser consultado, em tempo real, no site impostometro.com.br. O portal indica os valores somados aos cofres públicos por mais de 60 tributos diretos ou indiretos. A arrecadação está mais acelerada do que em 2007. Em relação ao ano passado, o valor foi alcançado com cerca de 20 dias de antecedência.
O aumento da velocidade de arrecadação mostra que há recursos suficientes e que não é preciso a criação de novos impostos, como a CSS (Contribuição Social para a Saúde).
Somente a arrecadação federal, até o mês de maio deste ano, somou R$ 271 bilhões, o que representa um aumento de 11% sobre o mesmo período de 2007.
Até o final deste semestre, o aumento da arrecadação federal foi da ordem de R$ 35 bilhões, bem próximo dos R$ 36,49 bilhões arrecadados com a CPMF em 2007. Até o final do ano, a arrecadação federal deverá superar a de 2007 em duas CPMFs, o que comprova que não há necessidade da criação de uma terceira CPMF.
Com os cerca de R$ 500 bilhões arrecadados, poderiam ser construídas mais de 37 milhões de casas populares de 40 metros quadrados ou serem pagos 1,3 bilhão de salários mínimos. Ou ainda poderiam ser compradas 3,1 bilhões de cestas básicas ou 22,2 milhões de carros populares. O valor arrecadado também permite fornecer cesta básica para toda população brasileira por 198 meses.
A estimativa da Associação é que o impostômetro ultrapasse pela primeira vez a marca de R$ 1 trilhão, até o fim de 2008. No ano passado foram marcados R$ 921 bilhões; em 2006, R$ 812,7 bilhões; e, em 2005, ano da inauguração do painel, R$ 731,8 bilhões. (Fonte: AciBr/Infomoney)