No Dia Mundial do Meio Ambiente, a atmosfera em Brusque se mostra carregada de fuligem. Empresas dos mais diversos segmentos industriais movem suas linhas de produção com a queima de lenha. O resultado, aliado ao clima frio, é o acúmulo de fuligem nas camadas mais baixas da atmosfera, causando muita sujeira e problemas respiratórios.
Em contato com algumas das muitas empresas que se utilizam dessa fonte de energia, a reportagem da Rádio Cidade constatou que há as que buscam aprimoramento tecnológico para regularizar a situação, enquanto outras parecem não se incomodar com a poluição.
Para os vizinhos de algumas dessas indústrias, a condição de vida tem se tornado complicada. Quem mais sofre são os idosos e as crianças, cujos organismos são naturalmente mais frágeis. Inúmeros são os problemas respiratórios causados pelos resíduos espalhados no ar.
Um exemplo de desconforto com a intensa poluição causada pela fuligem foi dado à Rádio Cidade por moradores da rua Constante Zen, uma transversal da rua São Leopoldo. Lá, o problema é tão complicado que dificilmente as casas podem ficar com janelas e portas abertas. As roupas estendidas nos varais ficam enegrecidas e as plantas e carros cobertos por resíduos.
Uma das empresas contatadas pelo Jornalismo da Rádio da Informação reconheceu o problema. Segundo um dos diretores, a caldeira principal receberá em breve um novo filtro. Em outra indústria, a manutenção do sistema de queima de lenhas será feita somente em dezembro, uma vez que a legislação determina que essa operação seja anual.
Até lá, restará aos moradores afetados conviver com a incômoda presença de resíduos de lenha em suas casas, roupas, carros, jardins, pulmões... Para os órgãos de controle ambiental, principalmente o municipal (leia-se Fundação Municipal do Meio Ambiente - Fundema), a situação deve estar “normal”, pois não há qualquer sinal de preocupação ou ação para preservar a vida.