Governistas condenam manifestos pró intervenção militar

As manifestações que vem ocorrendo nas últimas semana em torno de pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e uma possível intervenção militar no país norteou discursos dos governistas na sessão desta terça-feira (4) da Câmara Municipal de Brusque. Três dos quatro vereadores do Partido dos Trabalhadores (PT) subiram à tribuna para condenar tais atos, principalmente os que consideram como apelo da volta da ditadura militar.
Como Felipe Belloto Santos, líder do partido no Legislativo municipal. Ele disse que as manifestações colocam todos os que defendem a democracia em sua plenitude de antenas em pé. “Apenas no regime democrático, as vozes têm verdadeira liberdade para gritar a plenos pulmões aquilo que suas consciências almejam para o seu país”, frisou, parabenizando figuras de destaque dentro de partidos como o PSDB por se posicionarem contra tais manifestos.
O vereador Valmir Ludvig foi mais longe e disse que a falta de conhecimento da história por parte da juventude tem colaborado para que esses pleitos sejam inflados. “Que muitas vezes não lê, muitas não estuda esse passado. Não são todos, mas muitos. Acham que o Facebook forma ou informa alguma coisa, através de pequenas frases, etc. Perdem um pouco a noção do que significou essa página que lutamos tanto para que ela não voltasse mais ao nossos país. A proibição do debate, a volta do cassetete, da arma, da agressão, da perseguição, inclusive na questão do pensamento”.
Já Marli Leandro frisou que a volta de um regime militar traria impacto direto e imediato no papel do Legislativo. “Muitos integrantes desta casa já teriam seus direitos cassados pelas palavras que usam, pelas expressões usadas nesta tribuna, citações, falta de respeito, hombridade com seus colegas ou outros políticos. Se hoje temos a liberdade de nos expressarmos, de falarmos aquilo que pensamos, que queremos falar é por conta de uma sociedade democrática como a que vivemos atualmente”.