(VÍDEO) Muro é motivo de atrito entre morador e Prefeitura

A Rua Guabiruba Sul, no bairro de mesmo nome, em Guabiruba, está passando por reurbanização. A via vai ficar mais longa e terá calçada em toda extensão. Mas essa obra está gerando atrito entre um dos moradores e a Prefeitura.
O seu Osmar Foppa tem uma casa ao longo da via e reside nela há várias décadas. Ele afirma que da forma como a obra está sendo executada vai prejudicar seu imóvel e que a Prefeitura está sendo irredutível na negociação quanto à indenização pelos danos. Ele alega que foi até ameaçado de ter o muro, motivo do atrito, tirado à força do local.
“Tentei fazer uma negociação com o prefeito e ele não quer saber de negócio. Ele me ameaçou com a polícia. Disse que ia usar a força da polícia para tirar meu muro”, declarou ele em entrevista à Rádio Cidade.
Segundo ele, no começo deste ano houve uma reunião na Prefeitura sobre o assunto. Nada de acordo. A obra, segundo o morador, vai avançar não apenas sobre o muro que separa a casa da rua, mas na estrutura do próprio imóvel. Que, inclusive, está comprometido por rachaduras.
Foppa afirma que a Prefeitura quer apenas disponibilizar material e mão de obra para confecção de outro muro, mas não o indenizar financeiramente pelo restante do prejuízo.
“O Anderson, secretário do Planejamento, veio aqui um dia de manhã e me ofereceu material e mão de obra. Relatei a ele: meu amigo, você quer que eu faça muro onde? Não tenho mais espaço para fazer muro. Você quer que eu faça o muro em cima da casa?”, disse ele.
O morador disse que pediu R$ 150 mil de indenização, o que foi negado.
“Ele disse que era para eu procurar meus direitos. Se é que eu tenho algum direito. A casa é minha, eu construí e moro aqui há anos. São 40 anos pagando IPTU”, frisou ele.
O morador acusa a Prefeitura de não mexer em outros muros nas proximidades por conta de relações próximas de membros do governo com os referidos moradores.
A reportagem fez contato com o secretário de Planejamento da Prefeitura de Guabiruba, Anderson Cavichiolli, sobre o assunto. Segundo ele, os muros que estão sendo removidos ou deslocados são os que se encontram construídos em desacordo com a largura oficial que a via deve ter. A retirada das estruturas se faz necessária para a execução da obra, conforme projeto apresentado em uma Audiência Pública.
“Já foram feitas conversas individuais com quase todos os moradores neste sentido para que ocorra da forma mais tranquila possível. Não vem acontecendo resistência por parte dos moradores, sendo este um caso isolado”, respondeu ele à reportagem.
A audiência pública a que se refere o secretário aconteceu em 2019.
Enquanto não chegam a um consenso, os demais espaços nas proximidades da casa de seu Osmar Foppa vão passando pelas obras.



