Nova CPI é instaurada na Câmara de Brusque

Algum tempo transcorrido após o término da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Samae, a Câmara de Vereadores de Brusque se vê envolta, novamente, em um trabalho de investigação que promete ser, dentre outras coisas, extenuante. Desta vez os alvos são as mecânicas automotivas envolvidas na operação Revisão Total (executada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado [Gaeco], apontando que empresas recebiam da Prefeitura por peças não instaladas e serviços não executadas) e, também, a Prefeitura de Brusque, a fim de que se apure responsabilidades e, ainda, o modo de operação do esquema que teria atentado contra o erário público municipal.
Coube ao vereador de oposição Ivan Martins (PSD) a proposição para que a CPI fosse instaurada na câmara, na noite desta terça-feira (21), durante sessão ordinária. De acordo com ele, o esquema deve ser investigado a fundo, pois causou grande prejuízo para a administração e, consequentemente, para o cidadão brusquense. “Diante destes fatos, cabe a nós, como vereadores, formalizar essa comissão para averiguarmos as documentações, depoimentos”, ressalta o pessedista.
Para a líder do governo municipal na Câmara, Marli Leandro (PT), a CPI terá total apoio da base aliada, já que assim a população verá que a Prefeitura foi vítima e não parte do esquema fraudulento. “Assim veremos quantas e quais foram as empresas que estão fazendo esse tipo de fraude e lesando o poder público. Somos favoráveis a criação da CPI, sim. Queremos que as oito empresas sejam investigadas, inclusive trazendo à tona quem são os proprietários, a que partido pertencem. Inclusive, parece-me que tem até suplente de vereador envolvido”, cita. Ela também acredita que tanto a administração atual, quanto a passada, foi vítima do possível esquema apontado pelo Gaeco.
Para o vereador Guilherme Marchewsky (PMDB), presidente da Câmara de Vereadores, a CPI deve iniciar seus trabalhos em torno de 30 dias, após ter todo o corpo formado.



