Mãe de Aline viu a filha ser morta
O atropelamento e morte da menina Aline Oliari, ocorrido na noite de ontem (11) na Travessa Dom Joaquim, ganha detalhes surpreendentes e dramáticos. A mãe da menina, Bernadete Pavesi Oliari, testemunhou a cena. Ela e a filha estavam juntas na casa de uma vizinha, exatamente em frente ao mercadinho da família, do outro lado da Travessa. Bernadete foi atender a uma cliente e depois se posicionou na calçada para acompanhar a travessia da criança, recomendando que ela tivesse cuidado e olhasse para os dois lados.
Quando Aline estava no meio da pista, surgiu a S-10 de Edson Gulini. O impacto foi surpreendente e violento. Bernadete viu a filha ser colhida pelo carro e arremessada à distância. Vizinhos correram até ela, mas os sinais vitais já haviam enfraquecido e a pequena não mais reagiu.
O motorista do carro só deixou marcas da freada após atropelar a garota. E essa marca se estendeu por exatos 24 metros, conforme dados colhidos no local pela Polícia Militar.
Naquele local a velocidade máxima permitida é de 50Km/h, conforme indica uma placa de sinalização vertical instalada a poucos metros da curva que antecede o local do acidente. Edson disse à reportagem da Rádio Cidade que estava dirigindo “a uns sessenta por hora. Porque aqui é um lugar normal, né?".
O veículo e o corpo de Aline pararam, ao mesmo tempo, 24 metros após o atropelamento. Um de cada lado da Travesssa, conforme ilustrado na foto principal desta reportagem com a ajuda do repórter Júlio Mocellim (à esquerda na foto) e do avô da amiguinha, que também reside na casa onde Aline brincava.
Há anos que a comunidade solicita junto à prefeitura a instalação de lombadas físicas naquele trecho da rua. O movimento de veículos é grande e poucos respeitam a sinalização. Para a B-Trans, as lombadas físicas são proibidas na área urbana.
O que é contraditório, uma vez que a “faixa de pedestres” instalada na frente da nova Câmara Municipal mais parece uma lombada, tamanha a altura daquele equipamento. Ali pode!
Já onde Aline foi atropelada e morta, ou seja, entre duas curvas - uma delas bastante acentuada, de onde surgiu a S-10 de Edson, além de buracos, um trânsito intenso e grande movimentação de cargas, não pode!
O corpo de Aline está sendo velado na Capela Mortuária de Dom Joaquim e o sepultamento será às 16 horas deste sábado, no cemitério daquele bairro.
É importante frisar que o Jornalismo da Rádio Cidade não está condenando o motorista pelo ocorrido. Estamos apenas relatando os fatos conforme depoimentos do próprio Edson e de pessoas que testemunharam o drama vivido pela família Oliari.