O governador de Santa Catarina, Carlos Moises da Silva, esteve em Botuverá, nesta quinta-feira (17). A visita serviu para a assinatura da abertura de edital para contratação de empresa para a construção da barragem na cidade. Após a etapa, com a contratação de empresa, ainda será preciso a assinatura de ordem de serviço. A estrutura é indicada como uma alternativa para aumento da segurança de municípios da região,além de ampliação da captação de água potável para 1,4 milhão de pessoas do Vale do Itajaí e parte do Litoral Norte. 

Na etapa serão investidos R$ 110 milhões, de um total de R$ 250 milhões previstos para todo o projeto. A solenidade, no salão paroquial do centro da cidade, contou com a participação de autoridades políticas, segurança pública e sociedade civil. 

A estimativa do governador é que a obra seja finalizada em dois anos. Ela tem um prazo máximo de 36 meses. “Representa mais segurança, diminuição da cota de enchentes e, especialmente em tempos que temos essa crise hídrica, capacidade de reservação de água para atender  diversas cidades e melhorar a vida das pessoas”, comentou.  

De acordo com o governador, mesmo que o perfil da obra seja pouco reconhecido, de forma geral, seus efeitos serão sentidos e a estrutura, pelo projeto original deve atender a demanda por água potável da área atendida até 2041. “São obras que, normalmente, não aparecem, mas são obras de infraestrutura de enfrentamento, também, da estiagem, de capacidade de armazenamento de água e a fazer com que as cidades funcionem adequadamente e que a gente consiga melhorar também a condição da Defesa Civil, reduzindo as cheias”.

Abastecimento e segurança

A diretora-presidente da Companhia Catarinense de Água e Saneamento (Casan), Roberta dos Anjos, destacou o convênio firmado para a empresa e a Defesa Civil. Enquanto a primeira fará a exploração da captação de água, a segunda ficará responsável pela gestão de risco de enchentes.

Ela projeta que o aumento da captação deve solucionar o problema recorrente de abastecimento vivido pela região ao longo do verão, sobretudo por conta do aumento de demanda na região e no litoral norte. Já o chefe da Defesa Civil, David Busarello, comemorou o avanço para a etapa do projeto. O órgão foi responsável pela elaboração, desenvolvimento, licenciamento ambiental e desapropriações necessárias para a obra.

De acordo com Busarello, a tendência é que a estrutura se reflita na redução das cotas de cheia nas cidades da região. Para Brusque, a tendência é de 1,2 metros e, em Itajaí, de 90 centímetros de redução.

“Estamos vencendo uma grande etapa, que é lançar o edital de licitação e a próxima é a ordem de serviço. Essa obra vai beneficiar muito toda a região de Botuverá, Guabiruba, Brusque, até lá na foz, em Itajaí”. comentou

O prefeito de Botuverá, Alcir Merizio, reconheceu o empenho de entidades e representantes políticos que se envolveram na tramitação do projeto. Segundo o prefeito, além do benefício  a barragem representa um avanço na segurança para toda a região. “A maior função é proteger a nossa população. Como a gente viu várias cheias no nosso município, em Brusque ou Itajaí, onde as famílias que batalharam a vida toda para construir a sua casa, mobiliar e deixar ela bonitinha e, simplesmente, uma enchente coloca abaixo, coloca tudo a perder.”