O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fiação, Malharia, Tinturaria, Tecelagem e Assemelhados de Brusque (Sintrafite) conseguiu através da Vara Comercial de Brusque que aconteça a reavaliação do terreno da Buettner, que foi leiloado em agosto. Segundo o sindicato, a avaliação inicial de R$ 2 milhões corresponde à metade do valor venal do terreno de 3 milhões de metros quadrados.
O presidente do sindicato, Aníbal Boettger, afirmou em entrevista à Rádio Cidade que as informações de que a avaliação estava abaixo do ideal vieram até ele através de corretores de imóveis. No leilão, o arremate aconteceu por pouco mais de R$ 1,5 milhão, ou seja, 75% da avaliação inicial.
Com o pedido da reavaliação do terreno, a tendência, segundo Boettger é de que o imóvel fique indisponível até que toda a apuração aconteça em torno do valor. O pedido do sindicato, que ainda não foi avaliado pela vara, é de que um novo leilão aconteça, com os valores atualizados para o terreno.
Aníbal reconhece que essa medida judicial pode atrasar o repasse aos funcionários que ainda não receberam seus créditos. Os recursos arrecadados com a venda serviriam para um repasse de no máximo cinco salários mínimos aos funcionários. Porém, ele afirma que toda essa ação judicial se pauta no direito de que os valores sejam pagos corretamente, tanto na venda dos imóveis, como no repasse da parte de cada um dos trabalhadores.
A Buettner S/A teve a falência decretada já no final de abril deste ano, através de pedido feito pelo administrador judicial, Gilson Sgrott. Atrasos nos pagamentos de salários, falta de dinheiro para o pagamento de fornecedores e problemas com FGTS foram os principais motivos para o pedido de falência.