Em entrevista coletiva com a imprensa na manhã desta quinta-feira (3), a direção do Hospital e Maternidade de Brusque (HEM) se pronunciou, finalmente, sobre a situação que envolve a interrupção de atendimentos, redução de outros e o fechamento da UTI Neonatal e adulta da unidade. A conversa aconteceu nas dependências da unidade, tendo como interlocutores a administradora do hospital, Ilse Barbosa, o advogado Jordan Hartke, e o diretor financeiro, Rubens.
Na conversa com jornalistas e radialistas, o hospital anunciou que segue funcionando normalmente. O atendimento no plantão clínico e da ortopedia ocorre das 8h da manhã às 19h. À noite, após esse horário, não há atendimento. Sobre o fechamento da UTI adulta, os representantes do hospital informaram que a decisão e deu por conta da baixa utilização do serviço, principalmente nos últimos três anos. O custo elevado de manutenção fez com que ficasse insustentável manter o serviço. A inadimplência, segundo a gestora Ilse Barbosa, chega à casa dos R$ 2 milhões atualmente.
Em relação à ameaça de demissões de funcionários diante da crise que passa o hospital, ao advogado confirmou que elas vão ocorrer. Porém, não se tem definido, ainda, quantas. “Evidentemente que como fechamento de algum setor deve haver demissões. Isso é normal. Na iniciativa privada quando uma empresa fecha um setor, ela diminui o número de atendimentos ela vai ter que reduzir o quadro de empregados. Isso é uma consequência que não gostaríamos, mas ela vai acontecer, sim”, pontuou ele.
O advogado disse, ainda, que a intenção é que hospital se recupere o mais rápido possível se possa fazer mais contratações. A prioridade será de manter no quadro os funcionários que atendem em setores os quais o hospital precisa manter os serviços em funcionamento.
Sobre o receio dos empregados de não receberem os valores devidos nas eventuais rescisões, levantados em encontro com o sindicato que os representa na última terça-feira (31), Hartke frisou que a legislação prioriza o pagamento destes valores em detrimento de outros. “O empregado te, preferência nos créditos. Inclusive antes mesmo dos fornecedores que colocam os insumos para que a casa possa prestar atendimento”, pontuou.
A coletiva segue neste momento no hospital.
COM INFORMAÇÕES DO REPÓRTER ALAIN REZINI