Durante a manhã desta segunda-feira (31), o administrador do Hospital Azambuja, Fabiano Amorim, esteve no estúdio da Rádio Cidade falando sobre os investimentos e também sobre o seu trabalho dentro da instituição. Entre outros destaques, ele falou sobre a dívida do Governo do Estado com a instituição.
Fabiano entrou no hospital em 2013, através da intervenção da Prefeitura de Brusque. Ele afirmou que desde o começo deixou claro que todas as ações teriam de serem técnicas e não políticas. Durante a intervenção, o trabalho se mostrou tão efetivo que houve o convite para permanecer com o trabalho.
Para Amorim, o hospital não deixa de ser uma empresa, e ao longo da carreira, ele tem prestado consultoria a diversas instituições hospitalares, principalmente na questão de prestação de contas das fundações hospitalares com órgãos como o Ministério Público, além da organização administrativa desses locais. Atualmente, além do Azambuja, Fabiano atua em quatro hospitais diferentes.
Rotinas de trabalho, protocolos médicos e o respeito ao que está acertado em contrato, principalmente com o poder público influenciam diretamente no trabalho de um hospital. Nos últimos tempos, isso se notou dentro do Hospital Azambuja, com os investimentos em imagem, atendimento, entre outras situações.
O administrador também comentou a dificuldade dos municípios em achar pessoas para ocupar o cargo de secretário de saúde. Justamente por conta da responsabilidade que a pasta exige, com emergências, exames, toda uma série de procedimentos e necessidades que precisam ser cumpridas com os recursos públicos.
O valor que o Governo do Estado deve para o Hospital de Azambuja ultrapassa a casa do R$ 1 milhão, na média entre o que é contratado e o que é pago com atraso. Somente o Sistema Único de Saúde é responsável por boa parte da taxa de ocupação do hospital, apesar do reajuste da tabela do SUS, que não acontece há 20 anos.
Porém, o volume de atendimento que o hospital realiza através do SUS permite com que o Azambuja continue recebendo esse número de pacientes do poder público, apesar das dificuldades com preço de mercadorias, de remédios e outros insumos necessários para o trabalho hospitalar.
Sobre os investimentos de 5 milhões na compra de equipamentos novos para o Centro de Imagem, a ideia é ultrapassar a média de 250 exames/mês, passando para quinhentos. A infraestrutura física também foi alterada para o recebimento dos equipamentos, especialmente a parte elétrica.
Segundo Amorim, existe demanda suficiente para isso. “Não perdemos para nenhum centro de imagem do Brasil, o equipamento que é oferecido nos Estado Unidos, é o que se tem em Brusque hoje. Somos o segundo a receber este equipamento no Brasil”, destacou.
O novo produto que o Hospital Azambuja já está oferecendo para seus clientes, são os exames de imagem em até 10 X no cartão de crédito, com parcela mínima de trinta reais. Para o próximo ano, cirurgias particulares serão parceladas também.
Matéria de Dirlei Silva e Alain Rezini