A revista Época divulgou em sua edição na última semana uma denúncia contra o Partido Socialista Brasileiro (PSB) da suspeita de que o partido tenha cometido crime eleitoral. Segundo a publicação, o avião que caiu no dia 13 de agosto no litoral paulista, vitimando o candidato do partido à Presidência da República, Eduardo Campos, e mais seis pessoas, não teria sido declarado nas despesas eleitorais. A campanha não teria prestado contas com despesas com a aeronave, táxi aéreo, ou manutenção do equipamento.

A revista publicou documentos que revelam que o jatinho usado na campanha pertencia oficialmente ao grupo paulista AF Andrade. Porém, a empresa de usinas de açúcar alega ter vendido o avião para um usineiro pernambucano, mas ninguém admite ser dono do avião Cessna e ter bancado as passagens para Eduardo Campos, muito menos o partido declarou qualquer informação sobre o uso do avião à Justiça Eleitoral.

Ainda de acordo com a Revista Época para a Polícia Federal, esse conjunto de evidências aponta, até agora, para fraude e crimes financeiros, além de tributários na operação de aluguel ou venda do avião. A revista alega ter procurado o PSB para esclarecer alguns pontos. No entanto, segundo a Época, até o fechamento da edição, o PSB não se manifestou sobre o assunto.

Ainda de acordo com a matéria, se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegar à conclusão de que houve omissão nas informações prestadas pela chapa, pode haver uma desaprovação das contas.