A edição do Horário de Verão 2007-2008, que começou a zero hora de 14 de outubro passado, termina às 24 horas de sábado (16). Na ocasião, os relógios deverão ser atrasados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste. Os dados preliminares apontam redução 4,2% na carga do sistema elétrico na área de concessão da Celesc Distribuição. O efeito esperado sobre a demanda, no horário de ponta, entre 18h30min e 21h30min, corresponde a 124 MW (veja o gráfico adiante). Na prática, esse resultado representa “virtualmente” a retirada da carga requerida por Florianópolis, no horário de ponta, durante o período em que durou o horário de verão. Em termos de consumo, esses valores representam o consumo mensal médio de um município como Jaraguá do Sul ou Chapecó. De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a previsão é que haja, nesta edição, uma redução entre 4% e 5% na demanda no horário de pico, o que representa cerca de dois mil MW. Na região Sul, a redução deverá ser da ordem de 522 MW. Além do Distrito Federal, a medida abrangeu Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que são os estados onde é possível aproveitamento mais eficiente da luz solar nessa época do ano. Edição anterior – Na ultima edição do Horário de Verão, a redução no consumo, em Santa Catarina, ficou em torno de 5% da capacidade utilizada, correspondendo a 138 MW da demanda. Em termos de consumo, isso representou 34 GWh, ou metade do consumo mensal de Florianópolis, com quase 188 mil consumidores de energia elétrica. O benefício do HV associado ao ganho no armazenamento do subsistema da região Sul, durante todo o período de vigência da medida, foi de 166 GWh, o que correspondeu a um aumento de 1,2% do armazenamento desse subsistema. Caso houvesse a necessidade de usar a geração térmica para atendimento aos 55 MWmed economizados nessa região, seriam necessários investimentos de R$ 18 milhões. Veja os benefícios para o Sistema Elétrico - as reduções na demanda máxima instantânea, com a implantação do horário de verão, trazem os seguintes benefícios: a) aumento da qualidade e segurança do fornecimento de energia elétrica ao consumidor final por meio do aumento da confiabilidade do SIN – Sistema Interligado Nacional, permitindo que determinadas áreas passem a suportar a indisponibilidade de equipamentos do sistema de transmissão sem que haja a necessidade de corte de carga. Esses benefícios são acentuados nas regiões tipicamente de veraneio, litorâneas e serranas, em função do aumento de consumo decorrente da intensa atividade turística; b) redução dos valores de despacho de geração térmica, especialmente nas áreas em que o comportamento da carga, nos períodos de máximo consumo, é fortemente influenciado pela temperatura; c) aumento da flexibilidade operativa em função dos menores carregamentos proporcionados nos equipamentos do sistema de transmissão; d) redução no consumo de potência reativa durante a transição dos períodos de carga média para pesada, o que evita o esgotamento dos recursos de controle de tensão em algumas áreas, em função da defasagem entre o horário da entrada das cargas de iluminação (que se caracterizam pelo baixo fator de potência) e o período de transição da carga média para a pesada; e) flexibilização para a execução de serviços de manutenção que passam a ser realizados com o dia ainda claro nas instalações de geração e transmissão, devido a maior duração do período de luminosidade natural e o deslocamento do horário de ocorrência de demanda máxima.