Fortalecer a igualdade de gênero, a partir das troca de experiências, é um dos objetivos da Campanha “Março é Delas”, iniciativa da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), do Poder Judiciário de Santa Catarina. Para isso, serão realizados alguns eventos, entre eles uma live com o tema "Mulheres Plurais" e uma Roda de Conversas, intitulada “Identificando a Violência”.     

A live, no dia 8 de março, às 19h,  tem participação confirmada de Anne Teive Auras, Coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres da Defensoria Pública de SC, e da desembargadora Salete Sommariva, coordenadora da Cevid. O evento será transmitido pelo canal do TJSC no Youtube. 

A Roda de Conversas será promovida no dia 22 de março, às 14h, com a participação de Maria Cristiana Simões Amorim Ziouva, Procuradora Regional da República/SP, e Claudia Catafesta, Juíza do Tribunal de Justiça do Paraná. 

Celebrado no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher representa a luta das mulheres em busca da equiparação das suas condições às dos homens, nos cenários sociais, políticos e econômicos ao longo dos anos. Infelizmente, ainda há várias pessoas que não entenderam a urgência, a importância e a necessidade de se debater este tema publicamente com mais frequência. 

Os números falam por si: A cada quatro dias, no primeiro mês deste ano, uma mulher foi vítima de feminicídio em Santa Catarina, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Foram oito feminicídios. A cada 11 minutos, uma mulher é estuprada no país, o que torna o Brasil o 5º pior do mundo para uma mulher viver, segundo dados das Nações Unidas. E, no ritmo atual seriam necessários 59 anos para que mulheres e homens atingissem situação de plena igualdade no país. 

A Cevid adianta que, embora estes números sejam assustadores e mereçam ser conhecidos, a Campanha "Março é Delas" será mais propositiva, com foco no direito das mulheres. A desembargadora Sommariva ressalta a importância de informar e sensibilizar a sociedade de uma maneira geral sobre o tema, mas sem esquecer que “as ações precisam contribuir para aumentar ainda mais a consciência e a informação dos que participam do quadro do Poder Judiciário de Santa Catarina".