Nos dias 8, 9 e 10 de novembro, a cidade de Brusque será a sede da segunda edição do Fórum Internacional de Clusters Têxteis Sul-Americano e Caribenho – Clustex. O evento é organizado pelas Federações das Ampes de Santa Catarina (Fampesc), Ampe Brusque e Sebrae-SC, no Pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof.
E o diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Fernando Pimentel falou sobre a importância do evento em uma cidade reconhecida por sua característica têxtil. Ele analisou o potencial da cidade no crescimento da produção em toda a cadeia do vestuário:
“Santa Catarina é o segundo maior produtor têxtil e de confecção do país, só fica abaixo de São Paulo. O estado catarinense tem feito um trabalho extraordinário e agora entrando numa regionalização maior, Brusque é um polo relevante, histórico, e que vem, mesmo diante de um cenário extremamente difícil da economia brasileira, encontrado caminhos e soluções para preservar a atividade produtiva de um modo satisfatório. Nós temos uma afeição muito importante por esse mercado de Brusque, porque são pessoas empreendedoras, que buscam soluções mesmo diante das crises. Sofrem, mas são capazes de superar, mesmo com as dificuldades. Brusque é uma referência para a nossa indústria e a realização desse encontro na cidade mostra qual o papel que ela pode ter, ainda mais relevante, no horizonte de curto/médio prazo”.
Pimentel também falou da participação da ABIT no Clustex, e contou as expectativas da entidade para o encontro. A troca de ideias e experiências entre os diversos segmentos e culturas de produção dentro dos mercados da América do Sul e do Caribe podem influenciar na melhora do mercado:
“Participar do Clustex é sempre um momento importante de ouvir, aprender e trocar experiências e ideias com outros clusters produtivos do nosso continente. Na última semana participamos em Bogotá de um encontro para criação de um grupo que pretende combater a pirataria e o comércio desleal no âmbito de diversos países da América do Sul. Então mais e mais nós precisamos criar essa integração, porque o comércio pode prosperar com mais rapidez. Óbvio que não podemos abrir mão de acordos com a União Europeia, e avançar com Japão e outras linhas mais. Porém, é muito natural que se trabalhe com mais força ainda em acordos de preferência e livre comércio com os países vizinhos. O Brasil já tem hoje praticamente aplainado a nível zero a maior parte dos impostos de importação com os países da região, faltando apenas avançar com a Colômbia, cujo cronograma está congelado por problemas relacionados a Venezuela, porém nós nunca avançamos muito na área de Centro-América e do Caribe. É uma boa oportunidade e a ABIT se sente muito lisonjeada e interessada em poder levar suas visões e aprender com as visões dos outros países e membros que participarão desse segundo Fórum Internacional”.
Entrevista: Assessoria de Imprensa / Ampe Brusque
Texto: Alain Rezini