Brusque - Com o objetivo de promover um debate sobre o respeito aos princípios e valores constitutivos da cultura, da fé e da família brasileira, o Grupia Grupo de Proteção da Infância e Adolescência, realizou audiência pública na manhã de quinta-feira (14) e reuniu centenas de pessoas no plenário da Câmara de Vereadores de Brusque.
A solenidade coordenada pelo conselheiro tutelar Paulo Vendelino Kons e contou com a participação de autoridades, expositores, debatedores, religiosos, convidados, estudantes, imprensa e a comunidade em geral. O presidente da Câmara, Guilherme Marchewsky, presidiu a solenidade e os vereadores Alessandro Simas, Antonio Azevedo (Tonho), Jean Pirola e Moacir Giraldi também estiveram presentes.
A audiência teve início com a execução do Hino Nacional, seguida de um momento de oração conduzido pelo padre Alvino Milani que fez uma reflexão em torno de que o bem precisa fazer barulho. O bem fará muito barulho, se cada um transformar em gesto algumas gotas de bondade.
O professor José Francisco dos Santos, doutor em filosofia, destacou que a felicidade não pode ser buscada nos prazeres e que grande parte da humanidade está nesse nível. A felicidade humana deve ser estabelecida pela razão. O homem virtuoso é aquele que tem razão e não se deixa dominar pelo lado animal. O ser humano é imagem de Deus e a felicidade humana deve ser pensada como a realização do projeto de Deus para o ser humano.
O professor Elcio Cecchetti, assistente técnico-pedagógico da secretaria de estado de Educação, falou sobre a prática do ensino religioso no ambiente educacional. Não é suficiente transformar o mundo. Nós temos também que interpretar esta transformação, pois vivemos um tempo muito dinâmico, de muita aceleração. O Índice de Desenvolvimento Humano aponta que somos um país de extrema desigualdade social.
O procurador de justiça José Galvani Alberton, subcorregedor geral do Ministério Público, reforçou a reflexão em torno dos temas em pauta. O ensino religioso contribui para a elevação moral da sociedade e mitigação das angústias humanas. Os princípios da fé são complementares aos da ciência e não podemos excluir Deus das nossas vidas, frisou Alberton.
A secretária de Educação Gleusa Luci Fischer ressaltou que a rede municipal de ensino tem trabalhado em torno do resgate de valores. Defendeu a política de governo e a proposta educacional que tem sido atacada, quanto à proibição das comemorações do dia dos pais e mães nas escolas e do uso de símbolos religiosos nas escolas.
O gerente de Educação Rodrigo Cesari disse acreditar que a família é a célula principal da sociedade. Se ela vai bem, a sociedade vai bem e se a família vai mal, a sociedade vai mal. É muito gostoso relembrar como eram as famílias tradicionais e ver famílias bem alicerçadas de afeto, carinho, atenção, diálogo, enfatizou.
A promotora de Justiça Susana Carnaúba destacou que a família é importante, é a base de tudo. Hoje há outras formas de famílias, mas precisamos manter nosso padrão e nossa referência. A valorização do pai e da mãe nas escolas é fundamental, não vejo como algo comercial, concluiu.
Ao final, os expositores responderam questionamentos dos participantes, sendo que os posicionamentos defendidos ao longo da audiência deverão ser elencados em documento à ser enviado à Câmara dos Deputados e ao Senado.