Durante visita ao local em que está sendo construído um galpão na avenida Beira Rio, proximidades do Clube Santos Dumont, bairro Santa Terezinha, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e Região (Sintricomb) fez uma constatação curiosa: o grupo de funcionários desconhecia a identidade que os tinha contratado.  No local não havia qualquer placa que indicasse quem seriam os responsáveis pela obra, o que contraria a lei. Um dos trabalhadores disse que havia mantido contato com a pessoa que o chamara para trabalhar apenas uma vez. “Ele passou na minha casa e perguntou se eu estava desempregado e ofereceu serviço. Como eu estava precisando, resolvi aceitar”, explicou, pedindo para não ter o nome divulgado. Segundo ele, havia três dias que o tal homem levara os documentos para efetuar o registro em carteira mas, até aquele instante não havia feito novo contato. Além da falta de identificação dos responsáveis, outras irregularidades foram constatadas pelo Sintricomb na obra. Entre as principais estavam a ausência de banheiros, lugar para proteger os trabalhadores em caso de chuvas repentinas e a não existência de água, tanto para consumo como para a limpeza e higiene dos funcionários. “Se cair uma tempestade, por exemplo, eles não têm para onde ir. Além de que estão sem uniforme, trabalham de chinelos, quando o certo seria com sapatões, e não estão nem de capacetes”, comenta o diretor do Sintricomb, Elizeu Schmitz.