O Corpo de Bombeiros Militar de Guabiruba reuniu representantes de empresas que trabalham com extintores de incêndio, junto da imprensa, na manhã desta quarta-feira (6), para falar sobre o assunto da semana, no município vizinho a Brusque: a fraude que uma empresa está aplicando, envolvendo recargas dos equipamentos.

De acordo com o cabo BM Luciano Schlindwein, em entrevista à Rádio Cidade, os bombeiros da cidade receberam denúncias de que alguém estaria se passando pelo comandante do pelotão, sargento BM Carlos Henrique de Andrade, e por ele próprio, com o intuito de oferecer mais equipamentos, alegando que a empresa necessitava de tal reparo.

A fraude continuava quando os aparelhos eram recolhidos pela empresa delituosa, com o fim de recarga. Ocorre que nenhuma modificação era feita no extintor, mudando, tão somente, um selo grosseiro, que era colocado no lugar do original, que foi colocado, por sua vez, por uma empresa certificada pelo Inmetro.

“Para um leigo, pode parecer que o serviço foi feito, mas quem conhece da área, é perceptível que a fraude é grosseira”, comenta Schlindwein.

Após uma breve fala dos bombeiros, foi possível concordar, haja vista que o anel que fica na área superior, junto do lacre, tem de ser trocado a cada recarga anual, o que não acontecia. Pior ainda: a cada ano, muda-se as cores do anel e do lacre, sendo que os extintores voltavam com os mesmos lacres e cores.

O golpe já vem sendo aplicado há algum tempo e vários estabelecimentos se tornaram alvos. De cinco deles que os bombeiros passaram, em dois foi verificada a irregularidade. A empresa guabirubense de extintores de incêndio será citada no boletim de ocorrência feito pelo Corpo de Bombeiros de Guabiruba.

Quanto às ligações, ninguém assumiu ter feito. Sobre as recargas, a alegação de tal empresa é de que os extintores estavam emprestados até que a recarga fosse feita, o que é facilmente contrariado, tendo em vista que cada extintor vendido pelas empresas (que nada têm a ver com o caso) é marcado e registrado o seu devido destinatário.

A Polícia Civil fica a cargo da investigação.