O estado do Rio Grande do Sul retorna a ser manchete negativa em nível nacional nesta quarta-feira (6) em relação à qualidade do leite que está sendo comercializado. No ano de 2013, no mês de maio, as manchetes destacavam para a operação do Ministério Público intitulada Leite Compen$ado, em que foram encontradas substâncias no produto industrializado como ureia com formol e água de poço.

Quando muitos consumidores acreditavam que o problema estava resolvido, em maio deste ano mais uma nova ação do MP revelou que outras substâncias estranhas estavam sendo misturadas ao leite industrializado. Desta vez foram encontradas substâncias como água oxigenada, soda cáustica e bicarbonato de sódio.

A lição não serviu para a indústria do RS. Nesta quarta-feira, uma nova operação do Ministério Público divulgou para a imprensa que outra substância foi encontrada no leite das marcas Piá, na cidade de Nova Petrópolis, e Santa Clara, em Carlos Barbosa, ambas na região serrana do RS.

De acordo com o Ministério da Agricultura, em duas ações de inspeção desenvolvidas entre os dias 24 de junho e 15 de julho deste ano foi encontrado na composição do leite UHT álcool etílico.

Esta é a terceira fraude constatada na produção do leite industrializado pelo estado gaúcho. As empresas responsáveis pela produção das marcas Piá e Santa Clara estão prestando esclarecimentos ao Ministério Público. Após a confirmação do resultado nos testes realizados e a comprovação da fraude, os postos de refrigeração das duas empresas foram fechados.

Apesar desta adulteração no leite, Eduardo Cesar Tondo, especialista de controle de qualidade de alimentos, afirmou que a adulteração é mais econômica para as empresas e que não representa danos à saúde dos consumidores.