Na segunda-feira (31), através de uma denúncia de populares pelo 190 à Central de Operações da Polícia Militar de Jaraguá do Sul, os policiais prenderam Leonardo Melatto (34), natural de Brusque, por tentativa de estupro contra uma menina de 14 anos de idade.

A revelação da vida pregressa de Leonardo mostra que o brusquense tem várias passagens pelas polícias de Jaraguá do Sul e Agrolândia, por abuso sexual. Em depoimento na DP, Melatto revelou que abusou sexualmente de quatro crianças em Jaraguá do Sul e que, após esses crimes, passou a ser chamado de maníaco da bicicleta.

Na época ele foi solto pela Justiça, que considerou Leonardo como sendo um cidadão que não oferecia riscos à sociedade.

O delegado da Comarca de Jaraguá do Sul, Bruno Effori, responsável pela investigação do caso, informou que Leonardo já cumpriu pena na unidade prisional daquela Comarca entre 2005 e 2007, por atos obscenos e atentado violento ao pudor.

Na Delegacia, outras crianças acompanhadas dos pais reconheceram Leonardo Melatto como autor de delitos da mesma natureza.

Effori disse que o criminoso se masturbava na frente das crianças e tocava nos órgãos genitais das menores. Os meios que o pedófilo usava para atrair as vítimas era com a oferta de brinquedos e doces, ou até mesmo se utilizando de força física, "quando necessário".

Melatto, que trabalhava como tecelão em Jaraguá, é casado e pai de dois filhos - uma menina de 11 anos e um menino de 2 anos de idade, naturais de Jaraguá do S0ul. Durante entrevista, o brusquense disse que é doente e que há um ano está sem os remédios. O criminoso chorou ao relatar que aos 6 anos de idade foi abusado pelo tio.

Agora, o pedófilo poderá cumprir pena de 2 a 4 anos de prisão, por satisfação de lascívia (satisfação de desejo sexual mediante a presença de criança ou adolescente), e de 8 a 15 por tentativa de estupro.

Mais duas vítimas deverão ser ouvidas pelo delegado e, caso sejam confirmadas as denúncias e Leonardo reconhecido como autor, poderá aumentar para seis o número de abusos cometidos pelo covarde.

Colaboração do repórter Alessandro Vieira