Assembleia marca início da negociação

Trabalhadores do setor de vestuário de Brusque e Guabiruba deram início ao processo de negociação coletiva 20014/2015. A assembléia aconteceu na tarde de sábado (19), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário (Sintrivest).
De acordo com o presidente em exercício do Sintrivest, José Gilson Cardoso, ficou definida como proposta de largada, quanto às cláusulas econômicas, pedido de reajuste no piso salarial para R$ 1.100, além de aumento de 5% acima da inflação (ganho real), mais cesta básica e abono salarial, entre outras.
Discutimos cláusulas importantes com os trabalhadores e o momento agora é de unir forças para conquistarmos o que estamos pedindo. É importante ressalvar que tem muitas cláusulas que já estão valendo na nossa convenção coletiva, como o pagamento de 50% dos medicamentos. Já outras cláusulas são novas, como a participação nos lucros e resultados, reforça o sindicalista.
Uma das novas cláusulas aprovadas pelos trabalhadores é a contrapartida das empresas no custeio dos serviços de assistência social disponibilizados pelo Sintrivest. Hoje, toda estrutura social que o sindicato disponibiliza para os sócios é financiada pelas mensalidades que os próprios trabalhadores pagam.
Nunca tivemos ajuda da classe patronal para continuar prestando os serviços, mas agora a gente vai pedir para que eles ajudem. O sindicato hoje tem uma assistência social enorme, com médicos, dentistas, psicólogos, reembolso de todos os procedimentos médicos de ambulatório, cirurgias, ou seja, todas as despesas que o sócio tem ou sua família, o sindicato reembolsa 40%. Gastamos em torno de R$ 50 mil a R$ 55 mil por mês de reembolsos. Não temos nenhuma ajuda da classe patronal, porém as empresas querem ter o trabalhador com saúde, disposto para o trabalho, mas não querem ajudar. Queremos oferecer fisioterapia, que não temos, e com essa exigência poderemos ampliar ainda mais a parte social aos trabalhadores, argumenta Gilson.
Esta semana, o Sintrivest entrega o rol de reivindicações ao Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sindivest), para que emita uma resposta dentro de 15 dias. A prática tem apontado um prazo um pouco maior, mas vamos fazer pressão e exigir que eles se reúnam, avaliem nossas reivindicações e marquem uma reunião conosco para começarmos a conversar. Espero que eles sejam rápidos em apresentar uma contraproposta porque a gente sabe que é uma luta. Eles vão apresentar outras propostas e nós vamos fazer frente àquelas que tiramos no rol de reivindicações, enfatiza o presidente.
A próxima assembleia com os trabalhadores deve acontecer após resposta do sindicato patronal. Acredito que até a primeira quinzena de agosto aconteça uma rodada de negociações com a classe patronal. Os trabalhadores e trabalhadoras devem ficar muito atentos, porque as próximas assembleias serão anunciadas pelas redes sociais, cartazes que colocaremos nas empresas, e anúncios no rádio. Assim que tivermos uma proposta decente e que seja viável apresentar aos trabalhadores, vamos chamá-los. Estamos em plena campanha salarial, nos empenhando para que tudo aconteça de uma forma bastante positiva e os trabalhadores precisam estar atentos, presentes no sindicato, se interessando pelo tema. Isso vai mexer com o salário de todos, então vale muito a preocupação e o empenho, completa Cardoso