Na semana passada, uma ouvinte da Rádio Cidade fez contato para apontar situação que a estaria desagradando no hospital de Azambuja. O caso estava relacionado aos horários de visitas do pai de seu filho. A criança, segundo ela, estava hospitalizada desde a segunda-feira (5) e o pai não tinha permissão para visitá-la fora do horário normal estabelecido pela unidade.
Segundo ela, a orientação é para que se cumpram os horários de visitas à risca. Mas ela questiona a rigidez em se abrir espaço para as situações em que os pais trabalham e não podem comparecer nos horários determinados pelo hospital.
“Nós mães que estamos como acompanhantes dos nossos filhos temos direito da visita dos país em horários diferentes. E porque sempre que vem visitar são barrados na portaria?”, questionou.
A mulher ainda questiona o tratamento diferenciado que o hospital dá aos pacientes internados via Sistema Único de Saúde (SUS) e os particulares.
“A ala particular tem direito das 9h da manhã até às 21h30, à noite. Gostaria de saber se são regras do hospital? Das 14h30 até 15h30 é horário de visitas e por quê a ala particular tem mais direito?”.
O administrador do hospital de Azambuja, Fabiano Amorim, explica que os horários de visitas estão previamente estabelecidos e que esse tipo de regra existe em qualquer hospital. Ele lembra que havia apernas um horário de visitas, que é o da tarde, mencionado pela mulher. Entretanto, para facilitar justamente que as pessoas que trabalham o dia todo ou em outros turnos abriu-se novos períodos, como das 19h30 às 20h30.
“Para dar oportunidade às pessoas que trabalham de ver seus filhos, as pessoas que estão hospitalizadas”, frisa ele.
Com relação à ala particular, a medida está relacionada aos custos. Segundo Amorim, os pacientes do setor particular têm os valores gastos com limpeza e procedimentos para evitar contaminações pela presença de outras pessoas, o que não ocorre na ala SUS.
“No paciente SUS, quanto mais gente transitar no hospital, mais vezes eu tenho que limpar, mais custo eu tenho e o sistema não cobre todo esse valor. Então, se eu deixar mais gente transitar a hora que quer eu terei mais esse custo, o SUS não cobre e, infelizmente, eu não tenho esse dinheiro para arcar”, pondera ele.



