O clima ficou tenso na sessão

O clima ficou bastante tenso na sessão desta terça-feira (15) da Câmara Municipal de Brusque. Tudo por conta da votação de um dos seis nomes que receberão o título de cidadão honorário do Legislativo brusquense no mês que vem.
Isso aconteceu por que na hora da discussão, o vereador Valmir Ludvig (PT) foi à tribuna e fez um discurso no qual se posicionou contra a indicação da honraria ao médico e ex-vereador Jonas Oscar Paegle, indicado pelo vereador Roberto Pedro Prudêncio Neto (PSD). A justificativa do petista era de que quando ocupava cadeira na Câmara, na legislatura anterior, Paegle se posicionara, certa vez, contra o homossexualismo como sendo uma doença.
Quero deixar claro que é uma decisão por princípios e nada pessoal, frisou Ludvig, enquanto fazia a leitura da carta escrita por ele mesmo.
A decisão causou uma série de protestos ne discursos contra por parte da bancada de oposição. Prudêncio Neto disse que Ludvig estava tomando tal atitude por questões pessoais. O doutor Jonas tem 40 anos de medicina, de atendimento às pessoas, soltou.
Alessandro Simas (PR) disse que se sentia triste por tal situação, que jamais deveria ter ocorrido. Ele não tem mácula nenhuma na carreira pública, soltou sobre Paegle. Mesma posição de Jean Pirola (PP), Celso Emydio da Silva (PSD), Dejair Machado (PSD) e Ivan Martins (PSD). Já Felipe Beloto (PT) se posicionou em favor de Ludvig. Ele disse que a o debate que ocorre na casa permite que se haja discordância e que a intenção de Ludvig ao levantar a questão foi de incitar o debate sobre homofobia e temas relacionados.
Penso que foi feliz o vereador Valmir ao recordar o que foi dito nesta tribuna no sentido de que essa casa talvez precise discutir esse tema. A respeito de como vivem, como soa tratados ou como são respeitados ou deixam de ser respeitados os cidadãos brusquense ou que vem a Brusque e que são homossexuais. Os representantes do povo brusquense não podem discriminar cidadãos.
Moacir Giraldi (PT do B) provocou Ludvig ao dizer que ele teria pedido para que não se colocasse na votação o nome de Marcos Gelain, diretor de uma emissora de rádio local, para receber também o título. Beloto disse que a discussão em plenário tem essa finalidade, de ver quem merece ou não receber a homenagem.
Ainda na sessão, o presidente da casa, Guilherme Marchewsky (PMDB), elogiou a referida emissora de rádio, criticando as demais. As outras me parecem que já estão um pouco comprometidas, soltou. Ao final da sessão, Marchewsky tentou se justificar, considerando a presença de outros comunicadores das demais rádios no local.