Um lar de carinho, proteção, cuidado e garantia de direitos. Esta é a proposta do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, que permite que crianças e adolescentes vivam em uma família temporariamente, enquanto as autoridades responsáveis trabalham para reintegração familiar ou procuram novos lares permanentes.
Em Brusque, o serviço funciona desde 2012, quando foi instituído pela Lei 3.550/2012. Atualmente o município conta com duas famílias inscritas, cadastradas e em atual situação de acolhimento familiar e, uma em processo de capacitação, um número considerado muito baixo, pela equipe do serviço. “Não temos um número que seria o ideal, mas se tivéssemos mais famílias acolhedoras para o serviço, poderíamos acolher mais crianças e adolescentes numa perspectiva de acolhimento familiar e garantindo o que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente no que tange a convivência familiar e comunitária”, explica a assistente social Amanda Barilli.
A profissional esclarece que para a criança ou adolescente a convivência em família é muito importante para ajudar no seu desenvolvimento. “Na família acolhedora a criança ou adolescente receberá atenção exclusiva e vai se inserir na rotina diária da família, ir a escola, passeios na casa dos amigos, viagens, o que torna este acolhimento distinto do institucional”.
A Secretaria de Assistência Social e Habitação é o órgão responsável por gerenciar o Serviço e conta com uma equipe técnica formada por uma assistente social, uma educadora e uma psicóloga para selecionar, preparar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criança e/ou adolescente acolhido e sua família de origem. Este trabalho é realizado com apoio e parceria do Poder Judiciário e do Ministério Público de Santa Catarina.
Os interessados em participar do serviço devem procurar a Secretaria de Assistência Social e Habitação, na Sede Administrativa da Prefeitura de Brusque. A equipe faz a orientação da família, além de capacitá-la para passar pelo processo de habilitação. As profissionais acompanham a família acolhedora antes, durante e depois do acolhimento.
“Muitas vezes as pessoas pensam, mas vou me apegar e depois ele vai embora. Mas a criança não é propriedade”, ressalta a psicóloga Lucimara Pavesi. “Devemos lembrar que por meio deste serviço é possível proporcionar uma qualidade de vida melhor para muitas crianças. Uma frase que usamos muito é a do Mick Pease: ‘acolher é amar e saber dizer adeus.' Então por que não fazer?”