A oposição conseguiu emplacar mais uma vitória na Câmara Municipal de Brusque contra o governo. Na sessão desta terça-feira (7), os vereadores aprovaram o envio de um relatório ao Ministério Público sobre as situações em que se encontram os condomínios residenciais Minha Casa. Minha Vida, no Cedrinho, e Sesquicentenário, no Bairro Limeira Baixa. Tema que gerou grande debate porque a comissão que investigou e fez o documento perdeu os prazos legais para que o mesmo fosse analisado em plenário.

A referida comissão foi formada no início do ano, a partir de denúncias de que as famílias dos dois locais, construídos através do programa federal que leva o nome de um deles, o Minha Casa, Minha Vida, estivessem, enfrentando problemas. Tais como de estrutura dos apartamentos até situação financeira com pagamentos de pendências com a Caixa Econômica Federal e de ordem administrativa interna.
Como a comissão, formada pelos vereadores Ivan Martins (PSD), Valmir Ludvig (PT), André Rezini (PPS), Moacir Giraldi (PT do B) e Edson Rubem Muller (PP) deixou passar o prazo para a entrega do relatório, o presidente da mesma, o vereador Edson Rubem Muller, decidiu arquivá-lo.

Mas na sessão desta terça-feira, o vereador Ivan Martins, juntamente com André Rezini e Giraldi, apresentou um requerimento para que o relatório, embora não analisado pelo Legislativo, fosse encaminhado ao Ministério Público.

“Se o Ministério Público reconhecer as irregularidades, que a Caixa Econômica Federal deveria acompanhado e fiscalizado essas obras, o que não fez, certamente vai cobrar as responsabilidades de quem estiver envolvido no processo”, disse Martins após a sessão.

Para o líder do PT na Câmara, Felipe Belotto, a atitude dos oposicionistas de encaminhar o relatório ao MP, realizando a votação na Câmara, não passou de mais um teatro. Para ele, bastava que os vereadores simplesmente entregassem o documento do órgão, sem toda a discussão que foi feita na sessão.

“Um grande teatro vimos aqui. Um teatro de algo que já está sendo verificado pelo Ministério Público. É um clima de denuncismo que acho improdutivo. Se cria tanta denúncia e depois não se dá conta de fazer o trabalho em 60 dias. Até não consigo entender como eles não conseguem fazer um relatório em sessenta dias”, retrucou.

O requerimento de Martins foi aprovado.