Implantodontia virou sensação brasileira
Saúde Bucal, encerrando a série de reportagens, traz em sua quarta matéria o tema implantodontia, com implantodista Júlio Pons, integrante da equipe da Dental Class de Brusque. O profissional explica que a Implantodontia é a área da odontologia que se destina às reabilitações protéticas suportadas ou retidas por implantes dentários. Tem como objetivo a implantação, na mandíbula e na maxila, de materiais destinados a suportar próteses unitárias, parciais ou removíveis e próteses totais.
Assim como os implantodontistas usufruem de muitas técnicas e conceitos próprios de outras especialidades, os ortodontistas também descobriram no princípio da osseointegração as propriedades necessárias para conseguir movimentações dentárias mais precisas por meio da ancoragem esquelética, também conhecida como ancoragem absoluta. Desta forma, os mini implantes e as mini placas osseointegradas mudaram significativamente o tratamento ortodôntico, facilitando movimentações que antes eram complexas, minimizando efeitos indesejados e acelerando efetivamente a conclusão dos tratamentos.
Júlio Pons destaca que atualmente implantes dentários significam cilindros endo-ósseos similares à anatomia radicular. Existem no mercado mais de 50 tipos, de acordo com o design, tipos de conexão e superfície. Quando é avaliado as condições do paciente, em se tornar candidato à colocação de implantes, é analisada as condições locais e sistêmicas do paciente, através de uma anamnese completa e investigativa.
Os exames radiográficos requeridos devem ser os mais completos possíveis, através de radiografias periapicais, panorâmicas e tomografias computadorizadas, de preferência acompanhadas de programas de visualização gráfica. A colocação dos implantes depende da qualidade e quantidade óssea remanescente.
Pons enfatiza que o profissional que se propõe à colocação de implantes deve estar atualizado, credenciado e capacitado para tal. O conhecimento da anatomia da região se faz fundamental. Deve estar apto a interpretar uma profunda e completa anamnese; associar as situações bucais às situações sistêmicas; saber prescrever medicações pré e pós operatórias; conhecer profundamente as técnicas anestésicas utilizadas no procedimento; conhecer as indicações dos mais variados tipos de implantes e seus protocolos; planejar a situação protética futura; possuir material e equipamento adequado e de boa qualidade; possuir instrumental cirúrgico com poder de corte acentuado - a utilização de brocas "cegas" e sem poder de corte, gera calor excessivo sobre o osso; utilizar produtos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, obviamente, possuir destreza cirúrgica para cada caso.
Publicado por Lana Martins