Vítima de agressão diz que lei é lenta
Silvana Fasbinder (32) é mais uma das mulheres que constantemente sofrem com agressões físicas e morais dos companheiros. As marcas da última violência ainda podem ser vistas pelo corpo das mulher. Mas, segundo Silvana, o que mais dói é a impunidade. Para ela, a lei Maria da Penha caminha a passos lentos, ao menos em Brusque.
Os dois últimos boletins de ocorrência foram registrados no dia 22 de março (por ameaça) e 12 de abril (agressão física). Segundo Silvana, o ex-companheiro, com quem ela tem três filhos, Pedro de Jesus Bina, já a ameaçou de morte. E o choro de Silvana durante a entrevista não era de medo, mas sim de revolta.
A vítima teria procurado a Delegacia da Mulher e sido informada que precisaria passar o atual endereço de Pedro. O acusado reside no bairro Nova Brasília, mas sequer teria sido chamado para prestar depoimento.
Alex Bonfim Reis, que recentemente assumiu como titular da Delegacia da Mulher, não quis se pronunciar.
Com freqüência, em várias cidades do País, mulheres acabam morrendo por falta de ações policiais mais enérgicas. Um dos casos que chocou a população, pela frieza do assassino e pela ineficiência da polícia, foi o da cabeleireira que foi morta pelo ex marido em São Paulo. Ela já havia registrado vários boletins contra o ex-marido, que por ordem da Justiça não poderia se aproximar da mulher.
Ele invadiu o salão onde ela trabalhava e a matou com vários tiros.



