Tubulação de amianto deve ser substituída até final do ano, diz Samae

O Samae de Brusque anunciou esta semana que está intensificado os trabalhos para troca da rede de tubulação de amianto na cidade. O cronograma de trabalho nesse sentido prevê a finalização até o mês de dezembro deste ano. Dos cerca de 18 quilômetros de rede de água cuja tubulação ainda é composta pelo material, restam ainda em torno de oito deles.

De acordo com o diretor técnico da autarquia, Fausto Diegoli, no lugar do amianto, tubos de PVC estão sendo instalados pelos trabalhadores do órgão. Nos últimos 18 meses, aproximadamente sete quilômetros de tubulações de cimento amianto foram substituídos.

“Como em nossa cidade passam muitos veículos pesados, a terra acaba sofrendo pressão e essa rede de amianto vem a estourar. Hoje, um estouro desses provoca muitos custos para o Samae. Tanto no conserto, pavimentação asfáltica e com o vazamento de água. Acreditamos que essa substituição traz uma economia para o Samae”, pontua ele.

Condenado pela Organziação mundial da Saúde (OMS), o uso do amianto está proibido em 60 países. A entidade internacional acredita que as fibras do produto estimuilam alterações celulares no corpo humano que pdoem orignar doenças graves, como câncer, principalmente no pulmão. No Brasil, existe um movimento para banir o uso do amianto.

Em 2012, o STF chegou a realizar audiência pública para debater o assunto, a partir de uma lei no estado de São Paulo que buscava proibir o produto. Em Santa Catarina,  as fibras do pó do amianto estimulam mutações celulares e podem dar origem a tumores e a certos tipos de cânceres de pulmão. Em Santa Catarina, tramita na Assembleia Legislativa (Alesc) um projeto de lei (179/2008) que proíbe a existência de materiais ou produtos que sejam compostos por amianto.

Ao todo, Brusque ainda possui 8.380 metros de tubulações de cimento amianto. De acordo com a diretora-presidente do Samae, Fabiana Dalcastagné, nos últimos meses o Samae Brusque já investiu R$ 1,8 milhão na troca das tubulações.

“A principal prioridade é aumentar a reserva e a produção de água, mas a troca do amianto está estritamente ligada com essas prioridades, porque por ser uma rede muito antiga, há muito rompimento e desperdício. Também é uma questão de saúde, porque sempre que há o rompimento, acaba entrando pó, sujeira, resíduo, e acaba criando transtorno para a população”, ressalta.