AD Brusque recebe convite

A eliminação da equipe AD Brusque/FME/A Italianinha/Atlântica nas semifinais da Supercopa Brasil não colocou um ponto final na briga pela vaga na Liga Ouro 2015. Antes da disputa das vagas na decisão, e por consequência, na segunda principal liga de basquete do país para o ano que vem, uma reunião deixou algumas situações bem encaminhadas.
Ex-treinador da seleção brasileira feminina de basquete e coordenador técnico do Novo Basquete Brasil (NBB), Paulo Bassul se encontrou com os quatro semifinalistas ainda na sexta-feira (6) para apresentar o caderno de encargos da Liga Ouro, e também abrir a possibilidade da AD Brusque e da ABA Anápolis também entrarem na Liga Ouro.
Formalmente são duas vagas, mas está previsto no regulamento, que conforme a análise das equipes, como estrutura, nível de investimento, terão de se levar em conta para existir um convite para outras equipes. Não existe ainda uma definição sobre isso, porque depende de muitas conversas. E mesmo a campeã e vice da Supercopa não têm vaga garantida, porque elas têm de comprovar toda essa estrutura também, afirmou Bassul.
Para entrar na Liga Ouro, além de conquistar a vaga dentro de quadra, a equipe tem de pagar uma taxa de inscrição de R$ 50 mil, que retorna para o time algum tempo depois, e comprovar o investimento mínimo de R$ 500 mil em folha salarial durante toda a temporada, uma média de R$ 42 mil mensais.
Mas para Bassul, essa é uma folha considerada baixa para os atuais padrões de NBB e Liga Ouro: Esse negócio de folha alta ou baixa é relativo, depende do retorno que a competição dá. No NBB, cinco anos atrás, uma equipe com R$ 1 ou 1,5 milhão era uma equipe competitiva, enquanto temos hoje equipes com R$ 5 ou 6 milhões de investimento, e com retorno ainda maior. Então R$ 1 milhão pode ser muito ou R$ 8 milhões se tornarem pouco.
O investimento, inclusive, é uma forma de controlar o nível técnico da Liga Ouro: Queremos fazer uma Liga Ouro com jogos interessantes, de bom nível. Uma forma de equilibrar as equipes é ter acesso ao investimento delas. Se você tem uma equipe que entra na Liga Ouro investindo R$ 100 mil e outra injetando R$ 2 milhões, é claro que não dá jogo.
Todas as quatro equipes das semifinais da Supercopa Brasil foram questionadas sobre o interesse em participar da Liga Ouro. E além das finalistas Blumenau e CEUB, a AD Brusque também mostrou vontade em participar do segundo maior torneio de basquete do país.
Eu vejo potencial, essa é a palavra certa. A Arena Brusque não é um problema para a equipe disputar a Liga Ouro, até porque essa estrutura é de nível muito maior que a maioria dos ginásios do NBB. A Liga dá um bom prazo para apresentar patrocinadores, e depois são feitas análises para confirmar a participação. A cidade tem estrutura, grandes empresas, história no basquete. Então, potencial tem, agora é necessário correr atrás.
LDO