(Vídeo) Ex-vereadores avaliam decisão da câmara para contratação de assessores

A aprovação de resolução da Câmara de Vereadores para contratar 15 assessores parlamentares repercutiu não só entre entidades como ACIBr, CDL, Sindilojas ou Observatório Social. Ex-vereadores, Fabrício e César Gevaerd, também contrários à decisão, buscaram o Ministério Público na tentativa de barrar a contratação.
“Eles não discutiram a matéria, foi uma coisa meio súbita. 'Põe em votação, aprovado’, se ninguém fala nada, passa. Não houve interesse na discussão”, afirma Fabrício, que foi vereador entre 2001 e 2004. “O pouco que se foi discutido, na minha avaliação, é história da carochinha”, prossegue.
Na avaliação dele, o mínimo que deveria ter sido feito é a justificativa para a comunidade para a contratação dos servidores, devido às prioridades que a cidade possui. A análise de César, vereador por três mandatos, entre 1977 e 1992, vai além. O ex-vereador acredita que o próprio número de vereadores não seja justificado pelo crescimento da cidade.
Segundo César, na cidade também há distorções no entendimento da função dos vereadores. “Há muito tempo em Brusque, se entende que o vereador é fiscal de pequenas obras é para papel de fiscal da prefeitura, mas isso é função de vereador. Ele deve legislar.”
Devido à repercussão negativa e movimento da sociedade civil, ela afirma acreditar que o bom senso pode fazer a Câmara rever a decisão. Ressalta os impactos da pandemia na economia e demanda por investimentos na saúde pública.
Paralelo ao posicionamento, eles tentam mobilizar o Ministério Público para o debate. “Pedimos que eles tomem a providência que lhe couber. Se não houver manifestação, por parte do Ministério Público, nos cabe uma ação popular, com o intuito de tentar demover dessa ideia”.